A família de um paciente com diagnóstico de traumatismo craniano entrou em contato com o GP1 neste sábado (20) para denunciar a falta de veículo do SAMU com UTI móvel para realizar uma transferência do Hospital Regional Justino Luz, em Picos, onde o paciente estava internado, para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Segundo relato de um dos familiares, eles tiveram que pagar por uma ambulância particular para realizar a transferência do paciente até Teresina. A família ainda contou que buscou os órgãos responsáveis, mas não houve respostas e teve que realizar a transferência por conta própria.
“O SAMU com UTI móvel não está disponível e tivemos que pagar por um transporte particular, uma ambulância com UTI terrestre. Ele sofreu um traumatismo craniano e a gente conseguiu uma vaga no HUT, no entanto, esse transporte só pode ser feito em um SAMU avançado, mas ele não está funcionando aqui em Picos. É inaceitável isso”, desabafou uma parente que preferiu não se identificar.
Outro lado
Procurada pelo GP1, a Secretaria Municipal de Saúde de Picos, por meio de sua assessoria enviou nota de esclarecimento admitindo que não mais está realizando o trasnporte intermunicipal de pacientes, porque, segundo a secretaria, a execução dessa atividade pode acarretar em complicações nos atendimentos móveis do município.
Leia a nota na íntegra:
A Secretaria Municipal de Saúde através da Coordenação Administrativa do SAMU de Picos informa à população através dessa nota, que desde janeiro deste ano o SAMU não está realizando transferências. Atualmente o órgão conta com uma Ambulância USB (Unidade de Suporte Básico – que está desativada) e uma em funcionamento USA (Unidade de Suporte Avançado). A coordenadora administrativa do SAMU de Picos, Camila Luz, afirma que o SAMU tem como foco principal o atendimento a ocorrências de várias naturezas que necessitam de transporte e auxílio médico dentro do município. Quando as transferências estavam sendo realizadas para Teresina, a base ficava desassistida por um grande período de tempo, o que ocasionava transtornos para os pacientes que necessitavam deste serviço. A Saúde do Município reitera o compromisso com os diversos serviços ofertados, contudo, neste caso específico com o uso de apenas duas ambulâncias o município não pode realizar transferências para a capital ou outras cidades, a execução dessas atividades acarretaria em complicações nos atendimentos móveis do município. Outrossim, ainda que nosso desejo fosse poder atender a tais demandas, e por todo o exposto, cabe ressaltar que tais remoções de pacientes que estavam internados no Hospital Regional de Picos, é de responsabilidade do próprio HRJL.
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