O GP1 conversou, nesta quarta-feira (25), com o ex-deputado estadual Robert Rios (PSB) sobre a situação do Piauí nesse momento de crise causada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). Rios alertou para as consequências negativas de medidas restritivas sem embasamento e de uma quarentena desorganizada, o que para ele, podem resultar em saques, violência e um agravamento da situação, movidas por um desabastecimento inevitável.
Robert também criticou o governador Wellington Dias (PT-PI) e o prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB) e afirmou que ambos têm ciência de todos esses riscos, mas mantêm certas medidas para tirar proveito político, sobretudo, por ser um ano eleitoral. Wellington e Firmino assinaram decretos com medidas de restrição.
“Se houver desabastecimento, a quarentena acaba e as pessoas vão para as ruas. Daqui a 3 semanas não vai ter água, energia, comida. Vamos presenciar saques em supermercados, lojas, farmácias, muita violência e quem não tiver dinheiro vai assaltar. Não vamos ter como conter isso. Será um pandemônio. A quarentena deve existir, mas de maneira organizada. O que não estamos vendo aqui. O Estado precisa funcionar”, alertou Rios.
- Foto: Lucas Dias/GP1Robert Rios
“Os dois [Wellington e Firmino] têm que parar de politizar a crise. Não é momento de faturar com a crise, é vergonhoso fazer isso. Eles estavam no caos político com pré-candidatos ruins [na disputa em Teresina] e agora querem tirar proveito desse caos mesmo sabendo de todos esses problemas. Os dois estão focados na política e não na crise. Mas o tiro está saindo pela culatra, porque o povo não quer saber de política e sim, da crise do vírus e da economia. O Piauí não pode parar”, completou o ex-deputado.
Plano
Robert Rios disse que uma das medidas urgentes para evitar esse cenário de terra arrasada é permitir o funcionamento, de maneira organizada, dos setores produtivos para possibilitar que o Estado continue funcionando para diminuir o impacto da crise na vida dos piauienses.
“Têm setores que não precisam estar em quarentena. Sou contra o início das aulas, mas setores estratégicos de produção, têm que trabalhar. A produção de alimentos, de remédios, água, energia, segurança, combustíveis, ou seja, setores estratégicos precisam funcionar. Se isso não acontecer, vai ser um caos. A quarentena precisa existir de maneira organizada”, repetiu Robert.
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