Nos últimos 365 dias de funcionamento, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional Justino Luz, em Picos, já recebeu mais de 320 pacientes, com a faixa etária dos 20 aos 80 anos, atendendo casos renais, cardíacos e diabetes descompensada. De acordo com o coordenador médico, cardiologista Raimundo Reis, antes da instalação da UTI, esses pacientes eram transferidos para Teresina e em alguns casos, não sobreviviam ao longo percurso.
Outro fator importante ressaltado por Raimundo Reis é que durante uma transferência de paciente, toda a família sofre pelos transtornos do deslocamento, pois precisa se organizar para levar acompanhante e custear a estadia em Teresina, além de outros gastos que se acumulam por ter que sair de sua residência rumo a capital.
- Foto: Divulgação/AscomUTI de Picos
Para dar assistência a pacientes graves, a UTI conta com um quadro composto por médicos intensivistas, fisioterapia, enfermagem, nutrição e equipe multidisciplinar formada por clínicos gerais, cirurgiões, anestesistas e técnicos de enfermagem atuando 24 horas.
Para Raimundo Reis, o mais gratificante em trabalhar na Unidade de Terapia Intensiva é entregar para a família o paciente estabilizado. Segundo ele, uma das maiores surpresas neste ano de funcionamento, foi a quantidade de pacientes com diabetes descompensada que tiveram suas vidas salvas. Outro ponto importante destacado pelo cardiologista é a resolutividade no atendimento a pacientes com insuficiência cardíaca, realizado através da UTI. "O Hospital Regional de Picos está de parabéns porque trouxe uma unidade de terapia intensiva que se propõe a ter humanização na assistência e atender casos de alta complexidade, baseada em bom atendimento e resolutividade", comenta Reis.
Segundo a diretora-geral do hospital, Patrícia Batista, a UTI adulto tem respondido bem a demanda da região. "Em saúde, sempre que se instalam novos serviços, contrapondo o aumento da demanda. Com todas as possibilidades que a gente pode ofertar, nossa UTI se equipara às unidades dos grandes hospitais da capital. O que podemos melhorar é a ampliação no atendimento, com a implantação de UTI neonatal”, explica a diretora.
Patrícia Batista, ainda ressalta a importância de ter profissionais naturais da região atendendo no hospital, trazendo mais confiança ao paciente. "Muitas vezes, os pacientes são conhecidos ou vizinhos de algum membro da equipe médica e isso passa mais segurança e tranquilidade no acolhimento, além de valorizar os profissionais na nossa macrorregião", pontua Patrícia.
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