Thais Souza
O GP1 entrevistou o delegado Emir Neto, da Delegacia de Defesa e Proteção dos Direitos Humanos e Repressão às Condutas Discriminatórias, e ele falou sobre a existência de uma pichação no muro do cemitério São Judas Tadeu, localizado na avenida João XXIII. A mensagem de discriminação relata que “lugar de traveco é no cemitério”, e além disso está acompanhada com um símbolo da cruz suástica.
- Foto: Divulgação/Polícia Civil
Muro do cemitério São Judas Tadeu
Conforme o delegado-titular da Delegacia de Direitos Humanos, Emir Neto, a Polícia Civil está investigando sobre a existência de grupos nazistas em Teresina. “Nós temos informações sobre a existência desses grupos de intolerância, e diante dessa constatação da existência de grupos de intolerância que pregam o extermínio da população LGBT, e perante essa mensagem ameaçadora, nós estamos investigando, através de inquérito policial para realmente saber ou não se essa mensagem partiu de algum grupo de intolerância ou por um desconhecido, uma pessoa no momento de raiva. O uso da suástica, é crime tipificado em uma Lei especial, então o uso desse símbolo da cruz suástica com uma mensagem ameaçadora, tudo leva a crer que tenha partido de algum grupo que seja contra o LGBT, por isso tem uma relevância jurídica”, disse.
Conforme o delegado Emir, no ano passado dois irmãos foram indiciados por terem realizado mensagens contra a comunidade LGBT, e por fazerem parte de uma possível facção, chamada “Irmandade Homofobica”. E após o indiciamento os dois irmão estão respondendo pelo o crime.
Cruz suástica
A palavra suástica remete à época do nazismo. Neste período, o símbolo ficou marcado no mundo todo como sinônimo de morte, sangue e ódio contra os judeus, ciganos e outros grupos étnicos perseguidos pelo nazismo.
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