O juiz João Manoel de Moura Ayres, da Vara de Delitos de Organização Criminosa, proferiu decisão na última segunda-feira (20) e mandou para o banco dos réus 27 membros da facção Família do Norte, que se une ao Bonde dos 40 no Piauí. Acusados de traficar drogas oriundas da Bolívia para a cidade de Teresina, eles foram alvos da Operação Denarc 60, deflagrada em outubro de 2024.
Com a decisão, os denunciados pelo Ministério Público se tornaram réus pelos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. São eles: Leandro dos Santos Chaves (tráfico de drogas, uso de documento falso, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro); Andreza Rodrigues Lobo (uso de documento falso, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro); Vagner da Silva Carvalho (tráfico de drogas, uso de documento falso, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro); Raquel Barbosa de Oliveira (tráfico de drogas, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro); Jocélio Mendes de Oliveira Filho (vulgo Jota) (tráfico de drogas, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro); Gilberto Maiony Lima Torres (tráfico de drogas, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro); Josué Cândido do Nascimento Neto (vulgo Boca ou Bocão) (tráfico de drogas, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro) e Benilson Silva Gatinho (vulgo Monstrão) (tráfico de drogas, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro).
Além deles, se tornaram réus também Francisco das Chagas de Deus Cruz (associação para o tráfico, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro); Jaime Machado Costa Filho (tráfico de drogas, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro); Jadiel Roberto da Silva (associação para o tráfico); Malaquias Prata da Silva (tráfico de drogas, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro); Everton Valdevan Barbosa da Silva (tráfico de drogas, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro); Francisco Couto Teles Júnior (associação para o tráfico, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro); Maicon César da Silva Fernandes (tráfico de drogas); Alcindo Alves de Sousa (vulgo Alcino ou Toguro) (tráfico de drogas, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro); Ramaianny Fontineles dos Santos (vulgo Mai) (tráfico de drogas); Jordane Rocha Ferreira Mascarenhas (vulgo Cara de Jegue) (tráfico de drogas); Márcio Pimentel Cunha Nery (vulgo Cara de Gato) (tráfico de drogas); Júlio Cesar Costa Veras (tráfico de drogas); Kauê Moura Sales (vulgo Kauê Água Branca) (tráfico de drogas); Leonardo Davis Brandão do Vale (tráfico de drogas); Antônio Victor de Araújo Amâncio (tráfico de drogas); Sinézia Prata Silva (tráfico de drogas); Auriene Alves de Sousa (lavagem de dinheiro); Rômulo Raphael dos Santos Morais (lavagem de dinheiro) e Hisna Sampaio de Sousa (lavagem de dinheiro).
A investigação do Departamento Estadual de Repressão aos Narcóticos revelou que Relatórios de Investigação Financeira (RIFs) enviados pelo COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificaram várias anomalias em operações financeiras, que apontaram indícios da prática do crime de lavagem de capitais por parte da organização criminosa, que tem como líder Leandro dos Santos Chaves, membro da facção “Família do Norte”, oriunda da região Norte do Brasil.
Durante as investigações, os policiais conseguiram identificar que o grupo se utilizava de veículo tradicionais, como carros, bem como caminhões, que eram adaptados por profissionais especializados em mecânica automotiva, a fim de fazer com que as drogas fossem acondicionadas de modo a não chamar atenção da fiscalização e, assim, chegassem ao destino final, que era Teresina, no Piauí.
Ao chegar em Teresina, a droga era comercializada e o dinheiro oriundo do tráfico era movimentado através de empresas revendedoras de veículo, muitas delas, cerca de 9, existiam apenas no papel, mas não possuíam funcionários, tampouco estrutura física.
Alvo do Gaeco
Um dos réus, Vagner da Silva Carvalho, já é alvo de outros processos, acusado de comandar um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, com movimentações de valores milionários. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Piauí em 14 de novembro do ano passado, no âmbito da Operação Fragmentado, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
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