O mutirão de cirurgias que estava marcado para ser realizado neste sábado, 1º de julho, no Hospital Getúlio Vargas (HGV) não aconteceu por conta de uma decisão do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) em deflagrar greve da categoria, neste mês de julho. O hospital se pronunciou através de nota, onde alega que não houve comunicação prévia em tempo hábil do cancelamento por meio do sindicato.
Segundo a nota, a decisão prejudicou os pacientes e familiares que se deslocaram das residências, incluindo pessoas que vieram de outras cidades para realizar o procedimento na capital. A diretoria diz ainda na nota que acredita no “bom senso da categoria e confia que eles permanecerão em respeito para com os pacientes”.
- Foto: Lucas Dias/GP1Hospital Getúlio Vargas
Ao final, a nota afirma que “já existe um canal aberto de negociação com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e Secretaria de Estado da Administração e Previdência(SEADPREV), no que se refere aos descontos que houve nos contracheques desses profissionais no mês de junho”.
Veja a nota na íntegra:
A direção do Hospital Getúlio Vargas (HGV) se manifesta contrária à decisão do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) que se posicionou pela não realização do mutirão de cirurgias, hoje (1º), conforme já estava programado e divulgado aos familiares e imprensa.
Para a direção geral, a decisão do Simepi, sem a devida comunicação prévia, prejudica os pacientes e familiares que se deslocaram de suas residências, muito deles de municípios distantes, para serem operados durante o mutirão, já que não houve tempo hábil para avisar os pacientes e familiares.
A diretoria afirma, ainda, acreditar no bom senso da categoria e confia que eles permanecerão em respeito para com os pacientes; além de destacar que já existe um canal aberto de negociação com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e Secretaria de Estado da Administração e Previdência(SEADPREV), no que se refere aos descontos que houve nos contracheques desses profissionais no mês de junho, assim como aconteceu com outros profissionais da saúde.
Outro lado
Procurado na manhã deste sábado (1º) pelo GP1, o médico Samuel Rêgo, diretor do SIMEPI, disse que essa paralização foi causada pela secretaria de administração do estado. “Todo esse desdobramento está sendo consequente a um ato irresponsável e ilícito do secretário de administração Franzé Silva, já que durante a implantação desse modelo de controle biométrico, foi avisado para ele sobre diversas falhas do sistema e ainda sim ele insistiu em fazer a revelia, cortando ponto, cortando salário de médicos que estavam trabalhando, que estavam cumprindo seus horários, fazendo seus atendimentos e isso simplesmente é inaceitável”, contou.
Ele afirma ainda que o sindicado quer negociar diretamente com o Executivo. “O ex-secretário de saúde, Francisco Costa, estava em contato com a categoria médica, estávamos estudando as metas que seriam implantadas, tudo estava em bom andamento, mas após sua exoneração do cargo, essa conversação simplesmente foi encerrada e a partir daí, o secretário de administração nos pegou de surpresa e nada nos foi comunicado, por isso que essa paralização está ai, nós agora queremos uma pauta direta com o governador para resolver o problema que prejudica os trabalhadores”, revelou Samuel.
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