O Departamento de Polícia Técnico-Científica apresentou na tarde desta terça-feira (10) no auditório do Instituto de Medicina Legal (IML) o trabalho pericial realizado na investigação do assassinato do jornalista Elson Feitosa. O jornalista foi encontrado no dia 2 de outubro com parte do corpo carbonizado.
Três pessoas foram presas suspeitas de participar do homicídio. Um deles, Madson Pereira Costa, 20 anos, era amigo de Elson e teria marcado um encontro com a vítima em uma residência. No local estava José Carlos Pacheco de Araújo, 24 anos, e Mizael da Conceição Silva, 19 anos, que ajudaram a matar o jornalista. O corpo foi transportado no porta-malas de um carro. Chegando a um matagal em José de Freitas, os criminosos atearam fogo no corpo de Elson.
"Foi feito um exame necroscópico onde abrimos o couro cabeludo e encontramos vários hematomas grandes. Uma parte do crânio chegou a afundar e quebrar os ossos. Também encontramos pedaços de saco plástico na cabeça e nariz, os pulmões também estavam bastante inchados, mas não é possível afirmar que houve asfixia. Então ele teve traumatismo crânio-encefálico após receber pancadas com muita força e intensidade", declarou.
Perícia digital
O Instituto de Criminalística do Piauí recebeu um equipamento da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) chamado de UFED Touch, que foi usado pela primeira vez no Piauí.
“O dono do celular autorizou que a gente fizesse a perícia para recuperar uma foto que foi apagada do Whatsapp e que ajudou a chegar até os suspeitos. Um celular possui uma quantidade de dados muito grande, mas com esse equipamento, no caso do Elson, conseguimos fazer todo esse serviço em duas horas”, afirmou o perito na área de informática Janielton de Sousa Veloso.
Identificação do corpo
O corpo foi encontrado parcialmente queimado e chegou a ser identificado pela família devido a uma pulseira que estava com a vítima. Segundo Antônio Nunes, mesmo com essa identificação da família, foi preciso realizar os trabalhos de perícia para identificar se realmente se tratava de Elson.
Um dos trabalhos foi realizado pelo Vinicius Aguiar Lages que é perito Odonto-legal. Ele afirmou que conseguir a arcada dentária da vítima foi fundamental para ajudar na identificação.
"Nosso primeiro passo foi solicitar da família os documentos odontológicos. Descobrimos que ele fazia tratamento com uma dentista, que apresentou uns documentos e acabamos conseguindo o conjunto da boca completa. Depois conseguimos comprovar que se tratava do Elson, já que a arcada era compatível com a apresentada pela dentista", afirmou Vinícius.
“O corpo foi encontrado carbonizado e nesse caso acontece a desidratação da pele, então não tem como coletar digital. Iniciamos então o tratamento da pele, primeiro a base de glicerina, depois verificamos que precisava de um processo de limpeza, o que foi feito e depois retornamos para a glicerina. Logo depois foi possível fazer a coleta da digital. Já tínhamos a digital original dele [que foi tirada]da identidade. Em uma digital e preciso ter 12 pontos característicos, tendo 12 pontos significa que é a mesma pessoa e foi o que aconteceu nesse caso”, declarou Juarez.
Três pessoas foram presas suspeitas de participar do homicídio. Um deles, Madson Pereira Costa, 20 anos, era amigo de Elson e teria marcado um encontro com a vítima em uma residência. No local estava José Carlos Pacheco de Araújo, 24 anos, e Mizael da Conceição Silva, 19 anos, que ajudaram a matar o jornalista. O corpo foi transportado no porta-malas de um carro. Chegando a um matagal em José de Freitas, os criminosos atearam fogo no corpo de Elson.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Peritos
Segundo Antônio Nunes, diretor da Polícia Técnico-Científica, a vítima morreu após um traumatismo crânio-encefálico. "Foi feito um exame necroscópico onde abrimos o couro cabeludo e encontramos vários hematomas grandes. Uma parte do crânio chegou a afundar e quebrar os ossos. Também encontramos pedaços de saco plástico na cabeça e nariz, os pulmões também estavam bastante inchados, mas não é possível afirmar que houve asfixia. Então ele teve traumatismo crânio-encefálico após receber pancadas com muita força e intensidade", declarou.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Antônio Nunes, diretor da Polícia Técnica Científica
Perícia digital
O Instituto de Criminalística do Piauí recebeu um equipamento da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) chamado de UFED Touch, que foi usado pela primeira vez no Piauí.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1UFED Touch
O equipamento é capaz de recuperar fotos, consegue recuperar dados em mais de 10 mil tipos de celulares, consegue até localizar onde uma pessoa estava quando determinada foto foi tirada, também quebra senhas, entre outras coisas. No caso do Elson, o equipamento foi um dos responsáveis para ajudar a solucionar o caso.“O dono do celular autorizou que a gente fizesse a perícia para recuperar uma foto que foi apagada do Whatsapp e que ajudou a chegar até os suspeitos. Um celular possui uma quantidade de dados muito grande, mas com esse equipamento, no caso do Elson, conseguimos fazer todo esse serviço em duas horas”, afirmou o perito na área de informática Janielton de Sousa Veloso.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Perito da área de informática, Janielton de Sousa Veloso
Identificação do corpo
O corpo foi encontrado parcialmente queimado e chegou a ser identificado pela família devido a uma pulseira que estava com a vítima. Segundo Antônio Nunes, mesmo com essa identificação da família, foi preciso realizar os trabalhos de perícia para identificar se realmente se tratava de Elson.
Um dos trabalhos foi realizado pelo Vinicius Aguiar Lages que é perito Odonto-legal. Ele afirmou que conseguir a arcada dentária da vítima foi fundamental para ajudar na identificação.
"Nosso primeiro passo foi solicitar da família os documentos odontológicos. Descobrimos que ele fazia tratamento com uma dentista, que apresentou uns documentos e acabamos conseguindo o conjunto da boca completa. Depois conseguimos comprovar que se tratava do Elson, já que a arcada era compatível com a apresentada pela dentista", afirmou Vinícius.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Perito Vinícius Aguiar Lages
A digital também foi fundamental na identificação de Elson. Para isso o perito papiloscopista Juarez Carvalho, precisou fazer vários tratamentos na pele de Elson para conseguir a digital.“O corpo foi encontrado carbonizado e nesse caso acontece a desidratação da pele, então não tem como coletar digital. Iniciamos então o tratamento da pele, primeiro a base de glicerina, depois verificamos que precisava de um processo de limpeza, o que foi feito e depois retornamos para a glicerina. Logo depois foi possível fazer a coleta da digital. Já tínhamos a digital original dele [que foi tirada]da identidade. Em uma digital e preciso ter 12 pontos característicos, tendo 12 pontos significa que é a mesma pessoa e foi o que aconteceu nesse caso”, declarou Juarez.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Perito Juarez Carvalho
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1 Indentificação das digitais
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Digital após reidratação e depois a digital original
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