Acontece na manhã desta quarta-feira (4), o julgamento de Moaci Moura da Silva Júnior, acusado de causar o acidente que matou os irmãos Bruno Queiroz e Júnior Araújo, além de lesionar gravemente o jornalista Jader Damasceno em junho de 2016. As vítimas faziam parte do coletivo Salve Rainha.
Familiares e amigos das vítimas estão presentes no julgamento pedindo por Justiça. O publicitário Richard Henri, amigo próximo dos organizadores do Salve Rainha, contou que está presente no local para pedir um resultado definitivo do caso, e espera que o acusado seja autuado por homicídio doloso, quando se tem a intenção de matar.
“Estamos aqui com um sentimento de Justiça misturado também com a saudade, está representando todas as pessoas que sentem falta, que conviverem com os meninos e sabem da importância que eles tiveram para nossa cidade, para nossa cultura. Então a gente está aqui em busca de Justiça depois de tanto tempo que nada se resolve. Que venham autuar ele em dolo eventual, não por homicídio culposo, mas por homicídio doloso porque ele assumiu o risco pela questão da embriaguez, de ficar foragido e tem vários agravantes”, explicou o amigo.
O publicitário comentou ainda que a presença no julgamento também representa um apoio ao Jader Damasceno, sobrevivente do acidente que foi intimado a depor como vítima. “Temos sentido muito a falta dos meninos, claro que não tanto como o Jader, mas a gente sente e acompanhou a trajetória e a dor dele, inclusive hoje, que ele está aqui muito abalado, já ouviu coisas que não gostaria de ouvir, então a gente vem para dá essa força e mostrar que estamos aqui”, afirmou.
“Houve a intenção de matar”
Outro amigo das vítimas presente no julgamento, o bacharel em direito Misael Neves, explicou que espera uma decisão justa. Segundo ele, Moaci assumiu o risco do acidente e teve a intenção de matar as vítimas e tentar matar Jader Damasceno.
“Houve a intenção do dolo, é a questão do dolo eventual, que é quando ele assumi o risco de matar. O Moacir, que foi um criminoso de trânsito, assumiu o risco no momento que ingeriu bebida alcoólica. Ele estava a mais de 110 km/h em uma via de 60 Km/h, algo comprovado pela perícia, e atingiu o carro onde estavam o Junior, o Bruno e o Jader”, relatou.
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