Nos últimos meses tem sido observada a ausência de agendas conjuntas do senador Ciro Nogueira Filho (PP) e do governador Wellington Dias (PT-PI). A situação passou a ocorrer depois do resultado da reforma administrativa quando o senador não conseguiu emplacar o suplente de deputado federal de seu partido, Maia Filho, o Mainha, na Secretaria do Turismo (Setur). A vaga acabou ficando com a deputada federal Margarete Coelho, que apesar de ser do Progressistas, não estava na lista do senador para indicar a pasta.
Procurado pelo GP1 nesta quarta-feira (03), Ciro negou qualquer desarmonia e afirmou que o distanciamento tem sido provocado apenas por um desencontro de agendas. “Apenas não tem coincidido a agenda”, afirmou o senador à nossa reportagem.
Conflitos
A reforma administrativa compõe a lista de episódios que acabaram causando um estremecimento na relação entre PP e PT. Quando Wellington Dias foi formar sua chapa majoritária para as eleições de 2018, optou por tirar a vaga de vice-governador, que era da progressista Margarete Coelho, para acomodar uma petista, a ex-senadora Regina Sousa. Com isso, o Partido dos Trabalhadores saiu de chapa pura no pleito passado.
- Foto: Lucas Dias/GP1Ciro Nogueira e Wellington Dias
Eleição da Alepi
As eleições para definir o presidente da Assembleia Legislativa do Piauí também geraram um mal-estar entre Ciro e Wellington já que o senador tentou tirar do cargo o atual presidente da Casa, o deputado Themístocles Filho (MDB) para emplacar o progressista Hélio Isaías. Mas para isso, o senador contava com a interferência do Palácio de Karnak em favor de seu partido, o que acabou não acontecendo.
Ao final, Hélio se retirou da disputa e quase todo o PP votou a favor da reeleição de Themístocles.
Pleito municipal
O pleito de 2016 foi outro ponto de efervescência na convivência dos dois partidos. Em alguns municípios, foi possível acompanhar o embate direto entre petistas e progressistas.
O exemplo clássico ocorreu em Picos quando o candidato de Ciro, Gil Paraibano foi derrotado por Padre Walmir (PT) que conseguiu se reeleger. O senador e seu grupo político alegaram que a interferência do Governo foi primordial para que Paraibano – que estava bem posicionado nas pesquisas – perdesse o pleito.
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