Completa na próxima quinta-feira (28), 25 anos do assassinato da atriz e bailarina Daniella Perez pelo ator Guilherme de Pádua, e sua mulher, à época, Paula Thomaz. Daniela e Pádua contracenavam na novela “De Corpo e Alma”, de autoria de Glória Perez (mãe da atriz), onde interpretavam respectivamente Yasmin e Bira.
- Foto: Instagram/GloriaPerezHomenagem da mãe da atriz Daniella Perez
De acordo com a Folha de São Paulo, horas antes do crime, em capítulo gravado, Yasmin termina o namoro com Bira. Após a gravação da cena, o ator teve uma crise de choro nos corredores da TV Globo.
Ao deixar os estúdios da emissora, Daniella saiu dirigindo seu carro e Pádua a seguiu em seu Santana. Após pararem numa rua deserta, próxima a um matagal, a atriz entrou no carro dele.
Após discutirem, o ator tentou estrangulá-la e Daniella conseguiu sair do carro. O ator então a perseguiu, a derrubou com um soco e com a ajuda de Paula Thomaz assassinou Daniella com 18 golpes de tesoura.
No dia seguinte, já como suspeito, Pádua compareceu ao velório para prestar condolências e chegou a consolar Glória Perez.
Condenação
Guilherme de Pádua foi condenado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima), em janeiro de 1997 a 19 anos de prisão. Paula Thomaz recebeu pena semelhante em maio, 18 anos e meio.
Dois anos após ter sido condenado, Pádua obteve a liberdade condicional e em maio de 2000 a redução de 25% da pena.
Em 2010, ele concedeu entrevista à revista “Viver Brasil”, com circulação em Minas Gerais: “Eu beijaria os pés dela [de Glória Perez], deixaria ela me bater. Eu ia dizer para ela que o mesmo Jesus que consegue salvar um criminoso e fazer a vida dele ter sentido, é o mesmo que faz uma mãe que perdeu a filha fazer coisas maravilhosas”.
No dia em que Daniella completaria 45 anos, em 11 agosto de 2015, sua mãe usou as redes sociais para homenageá-la.
“Por 22 anos esse foi o dia mais feliz em nossa casa. Hoje não temos festa, só saudade”, escreveu a autora, ao publicar fotos antigas da atriz.
Quanto aos assassinos de sua filha, Glória foi categórica. “Para os dois psicopatas saiu barato (Guilherme de Pádua Thomaz e Paula Thomaz, hoje Paula Nogueira Peixoto)”, disse a autora, no texto da homenagem.
Para o colunista da Folha Tony Goes, o assassinato teve “requintes de crueldade”. “Guilherme e Paula premeditaram tudo, o que inviabilizou a alegação da defesa de que teria sido um crime passional. Ela se escondeu por baixo de um lençol no banco traseiro do carro dele; ele adulterou a placa com fita adesiva.”
Pastor e Desaparecida
Hoje com 48 anos, Guilherme de Pádua se tornou pastor da igreja evangélica em Belo Horizonte, cidade onde reside.
Quanto à sua cúmplice, Paula Thomaz, sabe-se que trocou de nome, casou-se novamente e nunca mais foi vista.
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