O juiz Juan Merchan adiou a sentença do ex-presidente Donald Trump no caso do pagamento à atriz pornô Stormy Daniels para 18 de setembro, após um pedido dos promotores. Inicialmente marcada para 11 de julho, a decisão foi tomada após a Suprema Corte dos Estados Unidos deliberar sobre a imunidade parcial a presidentes e ex-presidentes, influenciando a defesa de Trump.
Na segunda-feira (01), os advogados de Trump solicitaram o adiamento para avaliar a recente decisão da Suprema Corte, que pode impactar o caso de Nova York. A Suprema Corte decidiu que ocupantes ou ex-ocupantes da presidência podem reivindicar imunidade por "atos oficiais" durante seus mandatos, embora a definição exata de "atos oficiais" ainda dependa de decisões dos juízes de instâncias inferiores.
O caso em questão envolve 34 acusações de fraude nos registros das empresas de Trump, ocultando um pagamento de US$ 130 mil à atriz Stormy Daniels para que ela não revelasse um suposto relacionamento antes da eleição de 2016. Trump foi considerado culpado por um júri de Nova York no final de maio.
A decisão de adiar a sentença foi bem recebida pelos promotores, que se mostraram abertos à possibilidade de um adiamento. Eles enviaram uma carta ao juiz Merchan expressando essa disposição poucas horas antes do anúncio da nova data. Enquanto isso, ainda é incerto como a decisão da Suprema Corte sobre imunidade presidencial afetará os outros processos criminais contra Trump, incluindo aquele relacionado à invasão do Capitólio em janeiro de 2021.
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