Protestos tomaram conta do centro de Santiago nesta quarta-feira, 1, desta vez organizados por estudantes do segundo grau, enquanto o governo do presidente Gabriel Boric reconhecia que o Chile “atravessa seu pior momento para a segurança” desde o retorno à democracia (1990) após uma onda de delitos violentos.
Enquanto Boric fazia sua primeira apresentação das contas públicas ao Congresso, emundom Valparaíso, uma centena de estudantes que pedia educação gratuita e o cancelamento das dívidas estudantis protagonizou novos incidentes no centro da capital, que terminaram com pelo menos dois policiais feridos e vários manifestantes presos, que jogaram pedras contra os agentes e os agrediram.
Crise
O presidente de esquerda prometeu lutar contra a crise de violência, sem deixar de lado suas promessas de melhorar os direitos sociais. “O Chile merece viver em paz. Necessitamos recuperar os espaços públicos, com atividades comunitárias, culturais que atraiam todos”, disse. Boric, de 36 anos, que assumiu o cargo em 11 de março, substituindo o conservador Sebastián Piñera (2010-2014 e 2018- 2022).
Desde o início do ano, sete pessoas foram mortas nas regiões de La Araucanía e Biobío (600 km al sur de Santiago), em meio ao aumento dos atentados que têm como fundo as reivindicações de terra que os mapuches consideram suas por direitos ancestrais, atualmente nas mãos de empresas florestais e agricultores. Entre as medidas anunciadas, Boric destacou um projeto de lei com o objetivo de proibir a compra de armas, além de capacitar a polícia.
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