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Sobe para 19 número de mortos em bombardeio na Ucrânia

Autoridades denunciam que cidade de Zaporizhzhia foi alvo de nova ofensiva russa.

O bombardeio russo em larga escala que atingiu a Ucrânia, nesta segunda-feira, 10, resultou em ao menos 19 pessoas mortas e outras 105 feridas, conforme a mais recente atualização do Serviço de Estado para Situações de Emergência. Até então, o balanço anterior apontava 11 vítimas. Em meio às tensões da guerra, as autoridades ucranianas ativaram o alerta para novos possíveis ataques aéreos em todo o país. Nesta terça-feira, 11, já há o registro de uma nova ofensiva da Rússia na cidade de Zaporizhzhia.

“Atenção, ao longo do dia há uma alta probabilidade de ataques de mísseis em todo o território ucraniano”, disseram as autoridades, por meio do Telegram. De acordo com o relatório, os bombardeios desta segunda-feira atingiram doze regiões da Ucrânia e a capital Kiev, atacada pela primeira vez desde junho passado. Nela, mais de 30 incêndios foram registrados. O primeiro-ministro ucraniano, Denis Shymhal, indicou que 11 infraestruturas energéticas foram danificadas em oito regiões, além da capital.


Após a série de bombardeios, que causou apagões e cortes de fornecimento de energia em muitas regiões, a Ucrânia anunciou a interrupção da exportação de eletricidade para a Europa. Um total de 301 assentamentos do país permanecem sem luz. O Serviço de Emergência do Estado encomendou 22 usinas para possibilitar o abastecimento da energia, incluindo 15 para centros de saúde que realizam o atendimento médico às vítimas.

Os ataques russos ocorreram na manhã desta segunda-feira em várias cidades da Ucrânia e foram considerados os mais amplos desde o início do conflito. Ao menos 84 mísseis de cruzeiro e 24 drones foram utilizados. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que essas ofensivas foram uma retaliação à tentativa ucraniana de repelir as forças de Moscou, incluindo o ataque à ponte que ligava Rússia e Crimeia, ao qual ele chamou de “ato terrorista” planejado pelo serviço secreto da Ucrânia.

Nesta terça-feira, 11, o comando militar denunciou um novo ataque russo menos de 24 horas depois do bombardeio em grande escala que abalou o país. Desta vez, segundo as primeiras informações repassadas pelas autoridades ucranianas, as forças russas lançaram 12 mísseis S-300 contra instalações civis na cidade de Zaporizhzia, onde está localizada a maior usina nuclear da Europa. Dois dos foguetes atingiram uma concessionária de carros, matando uma pessoa. E os outros atingiram uma escola e um dispensário.

Essa cidade ao sul da Ucrânia tem sido o principal alvo dos bombardeios russos nos últimos dias. Desde 2 de outubro passado, os ataques na região mataram pelo menos 43 pessoas e feriram outras 70. Zaporizhzia, juntamente com Kherson (também no sul), Lugansk e Donestk, é uma das áreas ucranianas parcialmente ocupadas pelos russos após anexações consideradas ilegais. Recentemente, a Rússia tomou por completo o controle da usina nuclear instalada na cidade.

Alianças

As potências do Grupo dos Sete (G7) marcaram para esta terça-feira, 11, uma reunião de emergência para discutir a recente série de bombardeios russos na Ucrânia e planejar uma resposta à escalada do conflito. O presidente ucraniano Volodmir Zelenski também participará do encontro virtual e já adiantou o que espera das sete democracias mais ricas do mundo: mais e melhores sistemas de defesa aérea para impedir outros tipos de ataques como estes de segunda-feira.

Em paralelo, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, deve se reunir com seu colega russo Vladimir Putin à margem de uma cúpula regional na capital do Cazaquistão, Astana, na quarta-feira, 12, disse uma autoridade turca a agências internacionais. Desde o início do conflito, a Turquia assumiu um papel neutro e manteve boas relações com seus dois vizinhos do Mar Negro.

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