O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou no domingo (17), em coletiva de imprensa, que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, interpretará os ataques realizados pela Ucrânia com armas fabricadas nos Estados Unidos como um envolvimento direto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no conflito.
A declaração foi feita após o presidente norte-americano, Joe Biden, autorizar o uso do Sistema de Mísseis Táticos de Alta Mobilidade (HIMARS), com alcance de cerca de 80 km, para ataques em território russo. Contudo, Biden vetou o emprego do ATACMS, míssil de longo alcance com alcance de até 300 km, na defesa de Kharkiv, cidade ucraniana próxima à fronteira russa.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, respondeu à notícia em suas redes sociais no mesmo dia: "Ataques não são feitos com palavras. Essas coisas não se anunciam. Os mísseis falarão por si mesmos", afirmou.
A declaração de Peskov reafirma o posicionamento de Putin feito em setembro, quando o líder russo alertou que consideraria ataques com armamentos dos EUA como responsabilidade da Otan, escalando a tensão entre as potências.
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