Após 108 dias preso em Tóquio, o executivo Carlos Ghosn foi libertado nesta quarta-feira, 6. O brasileiro pagou fiança de R$ 33,8 milhões, estabelecida na véspera pela Justiça japonesa. A informação foi divulgada pela emissora de TV NHK.
Ghosn é acusado de falsificar documentos sobre seus rendimentos e de ter se beneficiado de recursos da Nissan, montadora japonesa da qual foi o principal executivo e presidente do conselho de administração.
O julgamento do brasileiro não está marcado, mas não deverá ocorrer em um prazo inferior a seis meses, segundo a avaliação de advogados. Até lá, Ghosn permanecerá em Tóquio. Imagens da NHK mostram o executivo saindo da prisão com uniforme, máscara e boné. Ele deixou o prédio entrou em uma van, sob os olhares de centenas de jornalistas que o aguardavam.
Ghosn nega as irregularidades e diz estar passando por um "terrível martírio".
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