O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), divulgado na quinta-feira (21), no âmbito das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil, pode gerar impactos negativos em sua imagem pública e em suas aspirações políticas para 2026.
Com o relatório das investigações em mãos, o ministro Alexandre de Moraes deverá encaminhá-lo à Procuradoria-Geral da República (PGR) para análise. Caso sejam apresentadas denúncias e o Supremo Tribunal Federal (STF) as aceite, Bolsonaro e os outros 36 indiciados se tornarão réus. Nessa condição, terão direito a ampla defesa antes de qualquer decisão judicial sobre condenação ou absolvição.
Mesmo inelegível, o ex-presidente ainda se posiciona como o principal nome da direita para a próxima eleição presidencial. Seu plano depende da aprovação de uma anistia que beneficiaria não apenas ele, mas também financiadores e participantes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. No entanto, o indiciamento enfraquece sua capacidade de articulação política e reduz suas chances de angariar apoio suficiente para a medida no Congresso Nacional.
Em outubro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tomou uma decisão que atrasou a tramitação do projeto de lei de anistia. O texto foi retirado da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e enviado para análise de uma comissão especial.
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