O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, voltou a usar o Twitter para elogiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como já havia feito na noite de quinta-feira. Ele disse ser comovente a "fortaleza de @LulaOficial" para enfrentar essa "perseguição" que, segundo ele, é a definição do "processo judicial arbitrário a que foi submetido". "Sua fortaleza demonstra não apenas o compromisso, mas também a imensidão desse homem", escreveu.
Conmueve la fortaleza de @LulaOficial para afrontar esta persecución (solo esa definición le cabe al proceso judicial arbitrario al que fue sometido). Su entereza demuestra no solo el compromiso sino la inmensidad de ese hombre.
¡Viva #LulaLivre! pic.twitter.com/Y8hKAiJvWe
— Alberto Fernández (@alferdez) November 8, 2019
Sua vice na chapa e ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner também foi ao Twitter comentar a liberdade do político aliado. "Cessa hoje uma das maiores aberrações da lei na América Latina: a privação ilegal da liberdade do ex-presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva", escreveu.
Cesa hoy una de las aberraciones más grandes del Lawfare en Latinoamérica: la privación ilegítima de la libertad del ex Presidente de la República Federativa de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. #LulaLivre pic.twitter.com/Hev11DAe50
— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) November 8, 2019
Lula saiu nesta sexta-feira da sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde estava preso havia um ano e sete meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi beneficiado por uma decisão do Supremo, na véspera, de que as penas só sejam cumpridas após o esgotamento de todos os recursos legais, o chamado trânsito em julgado.
Ainda na noite de quinta-feira, após a decisão do Supremo, Fenández já havia festejado a medida. Em sua conta pessoal no Twitter, o político comemorou como uma vitória e escreveu a hashtag "LulaLivreAmanhã".
"O Supremo Tribunal Federal do Brasil decidiu que as condenações à prisão somente são executáveis uma vez que os recursos tenham se esgotados. É a mesma coisa que nós temos reclamado na Argentina há alguns anos. Valeu a pena a demanda de muitos! #LulaLivreAmanhã!", escreveu.
Peronista moderado e pragmático, Fernández foi a surpresa da eleição na Argentina, despontando como favorito em agosto, ao obter 48% dos votos nas primárias, impulsionado por uma oposição peronista unificada e Cristina. Eles venceram a eleição e no dia da vitória, Fernández gritou "Lula Livre" para seus eleitores.
Eduardo Bolsonaro coordena moção de repúdio
Depois de eleito presidente, ele voltou a pedir a libertação de Lula e foi criticado pelo atual presidente Jair Bolsonaro, que ficou indignado com a atitude do argentino. "Não tenho bola de cristal, mas acho que a Argentina escolheu mal. O primeiro ato de Fernández foi 'Lula Livre', dizendo que está preso injustamente. Já disse a que veio", disse Bolsonaro na época.
Na quarta-feira, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou uma moção de repúdio Fernández por defender a liberdade de Lula. O colegiado é presidido pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que divulgou em seu Twitter a justificativa do pedido contra o argentino.
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