Jeyson Moraes
Em uma conversa telefônica divulgada nesta segunda-feira (24), os líderes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, reforçaram a "parceria bilateral abrangente e de longo prazo" entre seus países, coincidentemente no dia que marca o terceiro aniversário da invasão russa à Ucrânia.
De acordo com o governo chinês, a conversa entre os dois ditadores incluiu uma "troca completa de pontos de vista sobre questões atuais", com foco no desenvolvimento da parceria estratégica e na cooperação bilateral. Entre os temas discutidos, destacaram-se a expansão da colaboração "mutuamente benéfica" nos setores de economia, comércio, investimentos, cultura, educação e esportes.
Xi Jinping aproveitou a ocasião para destacar a "forte força motriz interna" das relações entre China e Rússia, enfatizando o caráter "único e estratégico" dessa aliança, que, segundo ele, "não é direcionada a, nem influenciada por, nenhuma terceira parte". Essa declaração foi interpretada como uma resposta indireta às recentes tentativas do governo de Donald Trump de mediar negociações entre Rússia e Ucrânia para o fim do conflito.
Além disso, a troca de mensagens ocorre em um momento de crescente envolvimento diplomático entre Moscou e Pequim. No último dia 18, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reiterou perante o Conselho de Segurança da ONU que seu país "apoia todos os esforços de paz" para resolver a guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo em que as negociações entre EUA e Rússia seguem na Arábia Saudita, sem a participação direta de Kiev e da União Europeia.
O encontro também serviu para confirmar uma agenda de eventos de alto nível nos próximos meses, incluindo a comemoração do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica de 1941-1945, que ocorrerá em Moscou, e a próxima cúpula da Organização de Cooperação de Xangai. Além disso, Pequim planeja realizar celebrações em homenagem ao 80º aniversário da vitória sobre o Japão e o fim da Segunda Guerra Mundial.
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