Jeyson Moraes
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou uma petição de emergência à Suprema Corte na quarta-feira (8), buscando interromper sua condenação no caso Nova York v. Trump. As informações são da Fox News.
A audiência de sentença está marcada para o dia 10 de janeiro, após o júri considerá-lo culpado de falsificação de registros comerciais em primeiro grau, com base em uma investigação conduzida pelo promotor de Manhattan, Alvin Bragg.
Defesa argumenta imunidade presidencial
Os advogados de Trump sustentam que os processos criminais em Nova York violam a imunidade presidencial garantida pela Constituição. Segundo a defesa, o tribunal de primeira instância permitiu a inclusão de evidências relacionadas a atos presidenciais oficiais, contrariando decisões anteriores da Suprema Corte sobre imunidade.
Em sua petição, a defesa solicita que os processos criminais sejam suspensos até que o recurso sobre as questões de imunidade seja concluído. Além disso, pede que a Suprema Corte emita uma suspensão administrativa temporária enquanto avalia o pedido.
"O tribunal de Nova York não tem autoridade para impor sentença ou conduzir procedimentos criminais contra o presidente Trump até que todas as questões de imunidade sejam resolvidas", afirmaram os advogados no documento.
Promotor e juiz refutam acusações
O juiz Juan Merchan, que preside o caso, já negou uma suspensão anterior do processo. Ele indicou que não imporá pena de prisão e deve aplicar uma sentença de liberdade incondicional. O promotor Alvin Bragg defendeu a legalidade das evidências e negou motivação política nas acusações.
Trump mantém postura combativa
O porta-voz de Trump, Steven Cheung, classificou o caso como uma "caça às bruxas" promovida pelos democratas para minar o mandato do presidente eleito. "O povo americano deu a Trump um mandato esmagador para acabar com a instrumentalização política do sistema de justiça", declarou Cheung.
Trump, que tomará posse em 20 de janeiro como o 47º presidente dos Estados Unidos, reafirma sua inocência e denuncia o processo como parte de uma "guerra jurídica" para enfraquecer sua posição política.
A Suprema Corte dos Estados Unidos ainda não se pronunciou sobre o pedido de suspensão. Enquanto isso, Nova York deverá apresentar uma resposta até quinta-feira (9), às 10h, para que o tribunal avalie os próximos passos.
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