Depois da filiação dos deputados federais do MDB ao PSD, agora foi a vez dos parlamentares estaduais do PSD se filiarem ao MDB para disputar as eleições proporcionais de outubro para a Assembleia Legislativa do Piauí. O evento emedebista aconteceu, na manhã desta segunda-feira (07), na sede do partido, na zona leste de Teresina.
O presidente estadual do MDB, senador Marcelo Castro, afirmou que a fusão cruzada é a melhor estratégia para os dois partidos. “É um jogo do ganha-ganha, sai fortalecido o MDB, sai fortalecido o PSD, sai fortalecida a base de apoio ao governador Wellington Dias, sai fortalecida pré-candidatura de Rafael Fonteles e sai fortalecida a democracia do Piauí e do Brasil para juntos, unidos, trabalharmos por um Piauí melhor, por um Piauí grande, um Piauí desenvolvido, um Piauí próspero, que gere emprego, renda e oportunidade para os nossos filhos, com boas universidades, com boas escolas, com boa saúde, com boa infraestrutura”, declarou.
"Uma alegria muito grande, nessa manhã de segunda-feira, 7 de março, começar a semana com a oficialização dos maiores fatos políticos da história do nosso estado, do Brasil, onde aqui no Piauí dois grandes partidos se unem em prol de um projeto único que é fazer o Piauí mais desenvolvido", afirmou o deputado Georgiano Neto, que deixou o PSD para concorrer à reeleição pelo MDB.
"Após um longo processo de entendimento, várias reuniões, muito diálogo, mas um diálogo transparente, correto, sempre falando a verdade, e chegamos ao final desse entendimento com os candidatos a deputado federal pelo PSD com a projeção de eleger de 3 a 4 deputados federais e os candidatos a deputado estadual com projeção de eleger de 10 a 12 deputados estaduais, entendimento dos dois partidos que fortalece os dois partidos", continuou Georgiano Neto.
O deputado Dr. Hélio, que deixou o PL para se filiar ao MDB, enfatizou que a fusão cruzada foi resultado das regras impostas pela lei eleitoral que criou essa possibilidade de diálogo e de encontrar novos caminhos. “É fato que todos os partidos tiveram um grau de dificuldade na formação de suas chapas, o PSD tinha uma chapa de estadual organizada, mas estava com dificuldades na chapa de federal. O MDB tinha uma chapa de federal e uma de estadual dependendo de uma organização para ter mais competitividade e eleger os deputados”, pontuou.
“Como todos nós estamos no mesmo grupo liderado pelo governador e que tem o Rafael como pré-candidato, esse diálogo trouxe essa possibilidade de nós irmos para o MDB concorrer na chapa de estadual e aqueles federais, MDB e PSD se juntarem com a legenda do PSD para concorrer”, completou Dr. Hélio.
Para o deputado João Mádison, que vai permanecer no MDB, a fusão cruzada salvará os dois partidos, além de fortalecer a chapa majoritária da base aliada. “Eu estou muito satisfeito, acho que isso vai salvar os dois partidos a nível nacional e aqui no Piauí. É importante porque podemos fazer entre 11 a 12 deputados estaduais e 4 federais pelo PSD, acho que foi um diálogo muito produtivo e chegamos a um denominador comum e isso também vai fortalecer a pré-candidatura a governador de Rafael Fonteles e do Wellington como senador da República”, afirmou.
Deixaram o PSD para se filiar ao MDB: Simone Pereira, Georgiano Neto, Carlos Augusto, Dr. Hélio, Tiago Vasconcelos, Gutemberg Rocha e Felipe Araújo. Além deles, foram recebidas ainda as filiações do jornalista Amadeu Campos, Leonardo Bezerra, do ex-deputado Tererê, Major Elizete, Cabo Mota e do Capitão Mota.
O deputado estadual Henrique Pires, que vai tentar a reeleição pelo MDB, aprovou a fusão cruzada. “O MDB abre mão dos seus candidatos a deputado federal, cede para o PSD e o PSD abre mão dos seus candidatos a deputado estadual e cede para o MDB. Vai ser muito bom tanto para o MDB quanto para o PSD”, alegou Henrique Pires.
“A felicidade é grande do MDB por estar recebendo os colegas Georgiano Neto, Carlos Augusto, Dr. Hélio e outros mais do PSD. É uma situação que a legislação eleitoral impõe e nós temos que nos adequar a ela”, pontuou Pires.
Para Henrique Pires, a fusão cruzada foi determinante para que ele continuasse no MDB. “Não era só eu, é todo mundo, todo candidato. Aquele que não dissesse que estava preocupado com isso, estava esquecendo de comentar ou faltando com a verdade. Nessa condição, a gente encontra uma situação boa para poder disputar, já falei com praticamente toda a nossa base e eles concordam e apoiam esse entendimento”, disse.
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