Jeyson Moraes
Na segunda maior favela de São Paulo, Paraisópolis, foram colocadas dezenas de faixas contra a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do candidato a governador, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanas). A comunidade é dominada por facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Moradores fotografaram as peças na quarta-feira (26). Também há o registro de faixas em outras cidades do estado de São Paulo, sempre com o mesmo padrão, uma tarja vermelha com o fundo amarelo e as frases: “Na nossa comunidade não”, “Respeite a favela” e “Fora Bolsonaro! Tchau Tarcísio”.
Em Rio Claro, no interior de São Paulo, a prefeitura recebeu diversas denúncias anônimas de que as faixas teriam sido instaladas sem a autorização dos moradores. Segundo Rogério Guedes, vice-prefeito e secretário municipal de Segurança Pública, as autoridades locais chegaram a informar que os materiais foram instalados a mando de uma facção criminosa.
“Temos a informação de que as faixas colocadas aqui e nos outros municípios são todas iguais”, disse o vice-prefeito.
Em Matão, outra cidade paulista, o jornalista Alex Gasoni também registrou a presença das faixas. “Nós sabemos quem pendurou essas faixas aqui. Partiu do crime”, comentou o jornalista.
Na cidade de Taquaritinga, município vizinho, a Polícia Militar entrou com uma ação solicitando a retirada do material e a Justiça acatou o pedido. No lugar, o prefeito instalou outra faixa. “Taquaritinga não tem favela, o povo do Jardim São Sebastião merece respeito”.
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