A economia brasileira criou 253.083 empregos com carteira assinada em outubro, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
O resultado do mês passado decorreu de 1,760 milhão de admissões e 1,507 milhão de demissões. Em outubro de 2020, houve abertura de 366.295 vagas com carteira assinada.
O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês, e o resultado veio dentro do intervalo das estimativas de analistas consultados pelo Estadão. As projeções eram de abertura líquida de 206.121 a 470.065 vagas em outubro, com a maioria com previsão de 260 mil postos de trabalho.
No acumulado dos dez primeiros meses de 2021, o saldo do Caged já é positivo em 2,645 milhões de vagas. No mesmo período do ano passado, houve destruição líquida de 278.997 postos formais.
Apesar de positivo, o resultado representa piora na relação com outubro do ano passado, quando foram abertas 366.295 vagas formais. Esse também é o pior resultado mensal desde abril deste ano, momento em que foram criados 82.188 empregos com carteira assinada.
De acordo com o ministério, 1,913 milhão de trabalhadores seguiam com garantia provisória de emprego em outubro graças às adesões ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). Para cada mês de suspensão ou redução de jornada pelo programa, o trabalhador tem o mesmo período de proteção à sua vaga. O programa foi relançado em abril pelo governo por mais quatro meses neste ano.
Desde janeiro do ano passado, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores. Na metodologia anterior (de 1992 a 2019), o melhor resultado para outubro na série sem ajustes havia sido em 2009, quando foram criadas 230.956 vagas no décimo mês do ano.
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