O presidente Jair Bolsonaro disse que a ideia do governo é encaminhar uma proposta de reforma tributária que envolva apenas impostos federais, mas que é possível "evoluir" para incluir Estados e municípios. A possibilidade, no entanto, é vista como arriscada por ele. "Até pode evoluir (para incluir estados e municípios), mas toda vez que isso foi feito ao longo dos meus 28 anos na Câmara a proposta não foi para frente e foi arquivada porque há muito interesse", avaliou.
O Estado mostrou que Estados e municípios não aceitam uma reforma que simplifique apenas os tributos federais. Uma das propostas é que os governadores se unam para modificar a proposta que já está na Câmara, de relatoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), desenhada pelo economista Bernard Appy.
Bolsonaro disse que "todo mundo concorda com a proposta (de reforma tributária), desde que não perca nada". "Acho que o Paulo Guedes (ministro da Economia) está certo, é uma reforma da União. Depois, uma outra PEC poderá ser feita para Estados e Municípios. A minha ideia é a gente simplificar impostos e taxas", disse após evento no Planalto com anúncio de mudanças em normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho.
Maia quer unificar três das cinco propostas que tratam sobre o tema: a do líder do MDB, Baleia Rossi (SP), que já está em uma comissão especial, a que está no Senado, de autoria do ex-deputado Luis Carlos Hauly, e a do governo federal, que ainda está sendo preparada pela equipe econômica. A ideia de Maia é facilitar a análise da reforma para tentar aprovar o texto até o fim deste ano.
Mais cedo, o presidente da República contou que conversou sobre a votação em segundo turno da reforma da Previdência com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre temas econômicos. "Falamos basicamente sobre Previdência. A votação do segundo turno e outras pautas da política", disse Bolsonaro ao fim do café. Segundo fontes, eles também trataram da reforma tributária.
A Câmara deverá retomar a votação da Reforma da Previdência na próxima terça-feira, 6, quando os parlamentares estarão de volta à Brasília após três semanas de recesso.
Ver todos os comentários | 0 |