O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou, de maneira unânime, por manter a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, em 6,5% ao ano, mesmo nível desde março de 2018.
A decisão anunciada nesta quarta-feira, 8, era esperada pela maioria dos analistas consultados pelo Estadão/Broadcast. Mesmo diante da decepção com a atividade econômica, os especialistas entendem que, enquanto não houver uma sinalização mais clara sobre a aprovação da reforma da Previdência, o BC deverá permanecer cuidadoso.
Para o fim do ano, o mercado está mais dividido. Uns esperam corte do juro em meio à fraqueza econômica, mas a maioria está mais cautelosa com o cenário de inflação, bastante afetado por choques de oferta. Entre 46 estimativas, a previsão para a Selic varia de 5,50% a 7,25%. Já para 2020, as apostas vão de 5,00% a 8,50%.
Em evento em São Paulo no fim de abril, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que "não existe juro baixo com inflação baixa e ancorada, com fiscal desarrumado por muito tempo", e completou que o "cenário central" do BC é de aprovação da reforma da Previdência.
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