O presidente do conselho de administração da Nissan Motor Co, Carlos Ghosn, foi preso nesta segunda-feira, 19, por promotores de Tóquio por supostas violações financeiras no Japão, informou a emissora pública NHK. Mais cedo, ele havia sido afastado de seu cargo pela montadora japonesa, já que uma investigação concluiu que ele declarava renda menor do que deveria.
Ghosn, que também é presidente do conselho e executivo-chefe da Renault da França, concordou em falar voluntariamente com os promotores.
O Ministério Público do Distrito de Tóquio se recusou a comentar o caso.
Por volta das 8h20 do horário de Brasília, as ações da Renault caíam acentuadamente em Paris, com recuo de 13%, e se situavam entre os papéis com pior desempenho na Europa.
Ghosn, um raro executivo estrangeiro no topo da carreira no Japão, é bem visto por ter tirado a Nissan da beira da falência. Nascido no Brasil, descendente de libaneses e cidadão francês, iniciou sua carreira na Michelin na França e depois se transferiu para a Renault. Ele se juntou à Nissan em 1999 depois que a Renault comprou uma participação controladora e se tornou seu presidente-executivo em 2001.
Porta-vozes da Renault e da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi não retornaram imediatamente ligações e mensagens em busca de comentários.
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