A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o saldo entre contratações e demissões no varejo deve ficar negativo em 230 mil postos em 2016. Isso representa uma retração de 3% na força de trabalho do setor em relação ao ano passado.
Dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), calculados pelo Ministério do Trabalho, mostram uma redução no saldo entre admitidos e demitidos no setor. Apesar da magnitude no corte de vagas, a projeção melhorou quando comparados os meses de junho e julho. Em julho, foram perdidos 15,2 mil postos de trabalho e em junho 27,9 mil vagas.
No acumulado dos últimos 12 meses, 3,52 milhões de pessoas foram demitidas no comércio, o menor montante desde dezembro de 2010, quando foi registrada uma redução de 3,50 milhões de empregos. Nos 12 meses encerrados em julho de 2016, houve a criação de 3,27 milhões de vagas contra os 4,28 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
- Foto: Sergio Moraes/VejaVarejo
Em nota oficial, o economista CNC Fabio Bentes afirma que a confiança do comércio é o principal fator para que o setor volte a crescer. "A confiança do comércio tem aumentado nos últimos meses, mas ela ainda evidencia um pessimismo no setor. Essa confiança é o principal obstáculo à retomada das contratações e só vai se recuperar realmente quando os fatores que afetam o consumo, como o acesso ao crédito, se combinarem de forma mais favorável", disse em nota.
De acordo com informações do Estadão, no varejo, a queda de emprego é mais alta nos ramos de móveis e eletrodomésticos (-9,1%), livrarias e papelarias (-6%) e comércio automotivo (-5,9%). Esses segmentos também são os que mais se destacam negativamente em termos de volume de vendas: -15,7%, -15,5% e -17,1%, respectivamente.
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