Apesar de conseguir arrecadar R$ 46,8 bilhões com a repatriação de dinheiro no exterior, o governo ainda deve gastar pelo menos R$ 59,8 bilhões até 2019, para custear reajustes concedidos ao funcionalismo este anos.
Esse impacto pode ser ainda maior se outros dois projetos de aumento forem aprovados no congresso, podendo chegar a R$ 71,4 bilhões. De acordo com O Globo, mesmo justificando que há previsão orçamentária, o governo continua mantendo incoerências ao defender reajustes diante do esforço de aprovação da PEC que limita o teto de gastos.
- Foto: André Dusek/Estadão ConteúdoMichel Temer
Para conseguir avançar o projeto de ajuste fiscal, o presidente Michel Temer vem usando a tática de manter sob controle, categorias que ameaçam fazer greve. Os primeiros 11 projetos aprovados tiveram a aceitação do Congresso e de Temer e beneficiam a Polícia Federal e auditores e analistas da Receita Federal.
Para o senador Ricardo Ferraço (PSB-ES), que deu parecer contrário ao reajuste dos ministros do Supremo, ele critica a aprovação de novos aumentos pelo governo. “Estamos votando a PEC do teto de gastos, não é momento de dar aumentos. É coisa absolutamente contraditória, um sinal trocado. Será que o que está acontecendo no Rio não é suficiente para o Congresso ver que temos que dar um freio de arrumação?”, criticou o senador.
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