A empresa de materiais esportivos Nike anunciou nesta quarta-feira, 13, que decidiu encerrar sua parceria com a Amazon para vender suas roupas e calçados diretamente na plataforma de e-commerce. O acordo, assinado em 2017, foi uma resposta da companhia ao crescimento de vendas dos concorrentes como Under Armour e Adidas.
"No âmbito dos esforços da Nike para melhorar a experiência do consumidor por meio de relacionamentos diretos e pessoais, decidimos encerrar nossa experiência piloto com a Amazon Retail", disse um porta-voz da empresa ao site de negócios CNBC. A marca afirmou, no entanto, que continuará a usar serviços de armazenamento de dados e outros serviços digitais oferecidos pela Amazon.
O acordo com a Amazon previa que a plataforma retiraria imitações dos produtos Nike do seu site e deixou de aceitar vendas de itens de marcas esportivas concorrentes por lojas terceirizadas. Um temor das marcas em se associar com a gigante do norte-americano Jeff Bezos sempre foi perder o controle de como seus produtos são apresentados no site.
Cerca de 30% das vendas anuais da Nike são por venda direta ao consumidor. No ano fiscal que terminou no último mês de maio, a empresa faturou cerca de US$ 11,8 bilhões (aproximadamente R$ 50 bilhões) com vendas diretas, impulsionada pelo crescimento de 35% no comércio online.
O anúncio da Nike ocorre menos de um mês após a nomeação de John Donahoe como diretor-executivo, que substituirá Mark Parker à frente da empresa no início de 2020. As ações da Nike subiram 1,20% após o anúncio. As da Amazon caíram 0,51%.
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