Ceará registrou aumento superior a 125% em queimadas, aponta Enel

De acordo com a Enel Distribuição Ceará, o número de queimadas em todo o Ceará aumentou mais de 125%, representando mais que o dobro do registrado no mês de agosto em comparação com o mês anterior. Um dos fatores que contribuiu para o agravamento desse quadro foi a chegada do período de ventos fortes no Estado, o que ajuda a proliferação dos focos de incêndio. Os registros foram obtidos através do Sistema de Monitoramento e Alerta da própria empresa Enel e também apontam que, neste ano, mais de 8,5 mil queimadas foram registradas no Ceará antes mesmo que o período do B-R-O-BRÓ começasse.

Juntando os efeitos da crise climática, a chegada do período de estiagem, os dados disponibilizados pela Enel e os resultados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sobre o aumento no número de queimadas do ano passado, é possível concluir que 2024 está caminhando para bater mais uma vez o recorde do Ceará em número de incêndios prejudiciais ao meio ambiente. Segundo dados do INPE, em 2023 foram registrados mais de 3 mil focos de queimadas, o que representa um crescimento de 147% se comparado aos números de 2022. Além disso, o Corpo de Bombeiros registrou mais mil ocorrências de incêndios florestais. Atualmente, 2023 é considerado o ano mais quente desde 2017.

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Ainda de acordo com os dados da Enel, em 2023, 95% dos casos ocorreram durante o B-R-O-BRÓ, ultrapassando 61 mil focos de queimadas apenas entre os meses de agosto e dezembro. As macrorregiões mais afetadas foram: Centro-Sul (1.351), Cariri (1.337) e Grande Fortaleza (1.109). Entre os municípios com os maiores números de queimadas estão São Gonçalo do Amarante (718), Araripe (231), Jucás (218), Cariús (215) e Crateús (201).

Sobre as causas e consequências desse fenômeno, a Enel destacou que “o calor, a baixa umidade, os ventos e a ação humana são os principais fatores das queimadas. Com foco na segurança da população e na qualidade do fornecimento de energia, a Enel alerta sobre os riscos de incêndios nas proximidades da rede elétrica, já que o fogo próximo à fiação pode causar curtos-circuitos, danos estruturais e desligamentos, impactando diretamente o abastecimento de energia. Além disso, as queimadas trazem riscos à segurança da população e prejuízos ao meio ambiente".