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Brasileiros acreditam que maioria dos incêndios são criminosos, aponta pesquisa

Foram entrevistadas 1.220 pessoas, com idade a partir de 16 anos, entre os dias 26 e 27 de setembro.

Na última pesquisa do Instituto DataSenado, em parceria com o gabinete da senadora Leila Barros (PDT-DF), foi apontado que 97% dos brasileiros classificam os incêndios que assolaram parte do país nas últimas semanas como sendo graves. Foram entrevistadas 1.220 pessoas, com idade a partir de 16 anos, entre os dias 26 e 27 de setembro. A consulta ainda apontou que 59% afirmaram que as queimadas foram causadas por ação criminosa, com o objetivo de promover a desordem. A divulgação desses dados foi feita na Rádio DataSenado nessa segunda-feira (7).

De acordo com monitoramento do “Sistema Alarmes”, que é uma plataforma desenvolvida pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ) para monitorar os incêndios no Brasil, 99% dos incêndios são resultado da ação humana direta ou indiretamente.


Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilQueimadas na Amazônia
Queimadas na Amazônia

O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, também destacou que a maioria das terras queimadas está fora do alcance da intervenção do poder público. “No Pantanal, mais de 70% dos focos de fogo estavam em áreas privadas. O governo não pode entrar numa área privada antes de o crime acontecer. Da mesma forma aconteceu em São Paulo, que está em fase de investigação”, declarou.

No mesmo levantamento, 24% dos entrevistados afirmaram que o fogo estava sendo utilizado com a finalidade de limpar terrenos, extrair madeira ou abrir pastos e outros 12% afirmaram que as queimadas tiveram causas naturais, ligadas à seca prolongada e de acordo com o Grupamento de Proteção Ambiental (GPRAM). “As principais causas de Incêndio Florestal são advindas da atividade humana, como por exemplo: queima de lixo, queima de podas, queima de resto de culturas em propriedades agrícolas, aceiros mal dimensionados, e ainda ações criminosas diversas”, apontou o GPRAM.

A senador Leila Barros também é presidente da Comissão de Meio Ambiente. A responsável pelas entrevistas foi a chefe do serviço de pesquisa e análise do DataSenado, Isabela Lima, que após a avaliação dos dados coletados afirmou que "a gente percebe que o brasileiro realmente se sensibilizou pelo acontecido 97% dos brasileiros consideram os incêndios como muito graves, mostrando que não passou desapercebido tal problema ambiental".

Ainda de acordo com a pesquisa, 15% dos entrevistados manifestaram o surgimento de problemas respiratórios, como asma, bronquite e pneumonia, nos 30 dias que antecederam a consulta do DataSenado, sobre isso Isabela destacou: "Não que seja possível associar as queimadas aos problemas respiratórios, mas, para quem tem problemas preexistentes, muitas vezes a existência de fumaça ou a seca prolongada pode piorar tais quadros", ressaltou.

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