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Ministro Ricardo Lewandowski culpa policiais por soltura de presos

Ele comentou sobre a popular percepção de que "a polícia prende e o Judiciário solta".

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nessa quarta-feira (19), que a polícia comete erros ao realizar prisões, o que obriga o Judiciário a soltá-los posteriormente. Ele comentou sobre a popular percepção de que "a polícia prende e o Judiciário solta", e rebateu, dizendo: "A polícia prende mal, e o Judiciário é obrigado a soltar".

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência BrasilRicardo Lewandowski
Ricardo Lewandowski

Lewandowski critica prisões sem provas concretas

Durante uma palestra sobre o impacto da PEC da Segurança Pública nos setores de comércio e serviços, Lewandowski, que foi ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) entre 2006 e 2023, respondeu às críticas ao Poder Judiciário. Ele destacou que, muitas vezes, a polícia realiza prisões sem apresentar provas sólidas ou dados concretos. O ministro afirmou que, se as prisões fossem feitas de maneira técnica, com indícios e provas substanciais, seria mais difícil que os acusados conseguissem a liberdade.

"É claro que devemos aperfeiçoar isso. Nenhum juiz soltará um criminoso. Ele não está lá para soltar, mas para fazer justiça. A polícia precisa prender de forma mais eficiente", afirmou Lewandowski.

PEC da Segurança Pública e as críticas dos governadores

A PEC da Segurança Pública tem sido alvo de críticas por parte de governadores e parlamentares de oposição ao Governo Lula. Lewandowski, em resposta às preocupações, apresentou uma versão revisada da proposta após sugestões de governadores. Alguns gestores locais expressaram receio de que o texto original pudesse abrir brechas para interferências da União na autonomia dos governos estaduais sobre a gestão da segurança pública.

Governador Ronaldo Caiado critica a proposta

Apesar das alterações, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), se manteve contrário à proposta. Ele considerou as modificações como um "truque de palavras", afirmando que, após as negociações entre o governo federal e os secretários de Segurança Pública, não houve mudanças substanciais no texto da PEC.

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