Lula ironiza anistia e diz que venceria Bolsonaro em nova eleição

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro seja candidato em 2026, ele será derrotado novamente. A declaração foi dada em entrevista concedida a rádios mineiras nesta quarta-feira (05).

“Se for comigo, vai perder outra vez, porque não há possibilidade de a mentira ganhar uma eleição neste país”, disse Lula, em resposta a perguntas sobre a possibilidade de Bolsonaro concorrer em 2026.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Presidente Lula

Lula também criticou as tentativas da oposição de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro. “Quando as pessoas nem foram condenadas estão pedindo anistia, é porque as pessoas estão se condenando”, avaliou o presidente. “Eles acham que fizeram exatamente aquilo que a Justiça está dizendo que ele fez.”

O petista também destacou que o ex-presidente terá de enfrentar a Justiça antes de pensar em uma nova disputa eleitoral. “Se a Justiça entender que ele pode concorrer às eleições, ele pode concorrer”, reiterou.

Lula lembrou que Bolsonaro e seus aliados são acusados de tentar um golpe de Estado depois da derrota nas eleições de 2022. “Eles tentaram dar um golpe, anunciar e preparar a morte do presidente da República, a morte do vice-presidente da República, a morte do presidente do Tribunal Eleitoral, e acham que são inocentes?”, indagou.

Lula comenta possível taxação de Trump ao Brics

Lula também comentou as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O petista criticou as ameaças do norte-americano de taxar em até 100% as importações de países do Brics caso o bloco adote uma moeda alternativa ao dólar.

“O presidente Trump fez a campanha dele assim”, lembrou. “Ele agora tomou posse, já anunciou ocupar a Groenlândia, já anunciou anexar o Canadá, já anunciou mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América.”

O presidente destacou que o Brasil e os demais países do Brics têm o direito de discutir formas de comércio que não dependam exclusivamente do dólar. “Não foi o mundo que decidiu que o dólar seria a moeda forte dos Estados Unidos.”