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Defesa de Bolsonaro rompe o silêncio e chama denúncia da PGR de "inepta"

O MP acusou o ex-presidente e mais 33 pessoas pela alegada tentativa de ruptura institucional.

A equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou na noite dessa terça-feira (18), em resposta à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta tentativa de golpe. O Ministério Público acusou 34 pessoas pela alegada tentativa de ruptura institucional.

Em nota divulgada pelo advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República, ele afirma que o documento assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, carece de fundamentação e de provas. “É uma denúncia inepta”, disse Wajngarten. “Não há nenhum elemento que conecte minimamente o presidente à narrativa construída.”


Foto: Tânia Rêgo/Agência BrasilJair Bolsonaro
Jair Bolsonaro

O advogado também destaca que a denúncia atribui ao ex-presidente participação em planos contraditórios entre si, baseados exclusivamente em uma única delação premiada, que foi alterada diversas vezes. Wajngarten ainda menciona que o delator, coronel do Exército Mauro Cid, questiona a sua própria voluntariedade. “Não por acaso, ele mudou sua versão várias vezes para construir uma narrativa fantasiosa”, afirmou Wajngarten em sua publicação nas redes sociais.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro durante sua presidência, foi flagrado em áudios revelados pela revista Veja em março do ano passado, reclamando sobre o seu processo de delação premiada. Nos áudios, ele expressa frustração com o processo e diz que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já teria uma “sentença pronta” para ele.

A denúncia da PGR será encaminhada ao STF, onde o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, fará a análise do documento, que conta com 270 páginas. A defesa de Bolsonaro reafirma sua confiança no Judiciário e na imparcialidade da Corte. “O presidente Jair Bolsonaro confia na Justiça e acredita que essa denúncia não prevalecerá devido à sua precariedade, incoerência e à ausência de fatos verídicos que a sustentem”, concluiu Wajngarten.

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