A queda na popularidade do Governo Lula tem gerado preocupação dentro do PT, levando setores do partido a defender uma guinada mais à esquerda para reconquistar o apoio de eleitores insatisfeitos. A estratégia busca recuperar a confiança de grupos historicamente alinhados ao governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Levantamentos do Datafolha mostram que a aprovação do presidente segue em queda, passando de 35% para 24%, enquanto a reprovação subiu de 34% para 41%.
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Entre os fatores apontados pelo partido para esse cenário negativo estão a recente normativa da Receita Federal sobre o monitoramento de movimentações via Pix e a inflação persistente, com altas expressivas nos preços de itens como o café.
A situação também gerou tensões dentro do próprio governo. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que tem feito críticas à condução da política fiscal, deve assumir um cargo no Executivo. Com isso, o partido terá um presidente interino até julho, quando ocorre a eleição interna. Esse processo divide os petistas: uma ala defende a eleição direta, com voto de todos os filiados, enquanto outra prefere a escolha indireta, por meio de delegados.
O novo presidente do PT terá papel central na campanha eleitoral de 2026, que pode ter Lula buscando a reeleição ou indicando um sucessor. Interlocutores do presidente ouvidos pelo Estadão alertam que, caso Lula não reaja rapidamente, há um risco real de derrota na próxima eleição, mesmo que o candidato da direita não seja Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível.
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