O relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil, elaborado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e divulgado nesta segunda-feira (22), apontou que o número de assassinatos de indígenas no Brasil aumentou mais de 15% em 2023, primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Conforme os dados, foram 180 casos em 2022, enquanto em 2023 o número subiu para 208 mortes. Entre os estados com mais homicídios de indígenas estão Roraima (47), Mato Grosso do Sul (43) e Amazonas (36).
O estudo também destacou o caso dos indígenas Pataxó Samuel Cristiano do Amor Divino, de 23 anos, e Nauí Pataxó, de 16 anos, no Sul da Bahia. Os dois foram assassinados quando saíram para comprar alimentos nas proximidades de suas localidades.
Inércia
Em texto publicado no relatório, o secretário executivo do Cimi, Luis Ventura Fernández, define 2023 como um ano de inércia e cumplicidade do estado com a manutenção do quadro de violência contra os indígenas. “Comunidades permaneceram assediadas em seus territórios, ameaçadas permanentemente, pulverizadas com agrotóxicos ou despejadas para as beiras de estradas”, afirmou o secretário.
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