O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está revisando os benefícios sociais de sua gestão, sendo os mais afetados os da Previdência e do Desenvolvimento e Assistência Social. A decisão para a análise dos pagamentos foi dada na última quarta-feira (19), após encontro com seus ministros, Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão), Carlos Lupi e Wellington Dias.
“As equipes do governo estão trabalhando o tema no âmbito dos ministérios envolvidos para avançar na questão. Não é possível detalhar as informações solicitadas, já que os resultados serão obtidos após a conclusão do levantamento em curso. Tudo está na mesa, nada está interditado, a não ser a valorização do salário mínimo e a desvinculação da aposentadoria (do salário mínimo)”, declarou a Casa Civil à Gazeta do Povo.
Ainda em seu início, a revisão ainda não tem previsão dos benefícios que serão cortados e nem o valor que será economizado. A tendência é que os primeiros sejam o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada. Além das aposentadorias, os custos ao governo chegam na casa de R$ 1,2 trilhão ao ano. Simone Tibet já havia comunicado há alguns dias atrás que estes pagamentos estariam na mira da equipe econômica, além do abono salarial, seguro-desemprego, auxílio doença e aposentadoria dos militares.
Isso tudo faz parte de uma ordem de Fernando Haddad, almejando que o governo inicie corte de gastos após do mercado financeiro, de que o ajuste fiscal com base na arrecadação chegou a um limite. A revisão dos cortes ganhou ainda mais força depois que Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, devolveu a medida provisória que restringia o uso de créditos de PIS/Cofins.
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