Preso por suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para prestar depoimento à Polícia Federal. Ele está detido desde 24 de março.
Rivaldo Barbosa é suspeito de ter atuado para proteger os mandantes do duplo homicídio, ocorrido no ano de 2018. Segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (29) pelo jornal O Globo, a defesa do delegado pediu para ele ser ouvido, considerando que o ministro do STF havia determinado a oitiva tão logo sua prisão fosse efetuada, o que não aconteceu.
Rivaldo Barbosa pede também que seja ouvida sua esposa, a advogada Érika Andrade de Almeida Araújo, e solicita a revogação das medidas cautelares imposta ele. A investigação da PF aponta que a mulher do delegado possuía empresas de fachada que teriam auxiliado em suposta lavagem de dinheiro obtido ilegalmente pelo marido.
Além do delegado, foram presos os irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, deputado federal e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, respectivamente. A PF indica que os dois políticos mandaram matar a vereadora em reação à atuação dela contra um esquema de loteamentos de terra em áreas de milícia na zona oeste do Rio, reduto eleitoral dos irmãos.
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