O Primeiro Comando da Capital (PCC) é acusado de injetar R$ 54 milhões, provenientes do tráfico de drogas, em empresas de transporte público na cidade de São Paulo, segundo uma investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A operação, denominada Linha Fina, foi divulgada recentemente e aponta a empresa de ônibus Transwolff como beneficiária dos recursos ilícitos.
A Transwolff teria utilizado o dinheiro para participar da licitação do transporte público. A investigação identificou pelo menos dez pessoas ligadas à empresa, acusadas de organização criminosa, extorsão, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. Os valores foram obtidos por meio de depósitos em dinheiro, sem origem comprovada.
Os depósitos foram realizados entre setembro e dezembro de 2015, em um banco localizado na zona sul da capital paulista. Além disso, foram identificadas transferências a partir de supostos empréstimos de 88 pessoas físicas, totalizando R$ 26,6 milhões. Este montante teria sido usado para a compra de 50 ônibus para a empresa.
A investigação também revelou que o PCC utilizava um restaurante para lavar dinheiro. O estabelecimento fornecia refeições para os funcionários da Transwolff e emitia notas fiscais falsas para regularizar a contabilidade.
Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, é apontado como o líder do esquema. Ele e Robson Flares Lopes Pontes, um dos diretores da companhia, são acusados de representar a ligação da empresa com o PCC. Ambos foram presos na última terça-feira.
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