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Esquerda tenta tachar manifestação pró-Bolsonaro como “golpista”

Publicações de figuras importantes do PT mostram o empenho da esquerda em tentar minar o ato.

A estratégia do PT, ao protocolar uma representação na terça-feira (20) no Ministério Público Eleitoral contra o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é tentar classificar o ato como antidemocrático e imputar crimes aos participantes do evento.

O partido solicitou a determinação de medidas de prevenção e investigação para conter eventuais crimes contra o Estado Democrático de Direito, de financiamento irregular e de propaganda eleitoral antecipada.


Em contrapartida, a defesa do ex-presidente já havia acionado o Supremo Tribunal Federal (STF), no fim de semana, para garantir que ele possa discursar durante o evento do próximo domingo (25). A análise deve ser feita pelo ministro Luiz Fux.

Reforço da narrativa de que ato será "golpista"

Publicações de figuras importantes do PT também mostram o empenho da esquerda em tentar minar o ato convocado por Bolsonaro. No “X”, o deputado federal Odair Cunha, líder da bancada do partido na Câmara, afirmou que o ex-presidente busca “comparsas” ao convocar a manifestação.

“Os próprios aliados de Bolsonaro já sabem: ele procura por comparsas. E aqueles que participarem de mais essa manifestação golpista convocada por ele poderão incorrer nos mesmos crimes que o inelegível. Bolsonaro nunca defendeu a democracia antes, e não será agora que o fará”, escreveu o parlamentar na última sexta-feira (16).

O deputado Lindbergh Farias (PT) também tem reforçado que a manifestação é golpista. Ele classificou a manifestação como “tapetão”. “Sabendo que será preso, mais cedo ou mais tarde, Bolsonaro quer pressionar as autoridades judiciais e a polícia com manifestações a seu favor. Quer se impor no 'tapetão'. Quer permanecer livre para continuar a ameaçar a democracia”, disse.

Já para a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, a manifestação na Avenida Paulista não será para Bolsonaro se defender, e sim para “se contrapor ao devido processo legal, já que as provas contra ele e sua turma não param de aparecer”.

“É esse chefe terrorista que agora invoca, em seu exclusivo benefício, o estado de direito e a liberdade de expressão e manifestação que tentou, reiteradas vezes, destruir. É esse fascista que agora quer vestir o manto da democracia para mais uma vez atacá-la”, atacou Gleisi.

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