Francielle Barroso
De acordo com o painel do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), o Brasil registrou, em 2024, o maior número de mortes em acidentes aéreos dos últimos 11 anos, totalizando 138 vítimas fatais.
Esse número é quase o dobro do registrado em 2023 e três vezes maior que o total de 2022. O painel, administrado pela Força Aérea Brasileira (FAB), reúne informações desde 2014 e é atualizado diariamente. No entanto, dois acidentes ocorridos em dezembro ainda não foram contabilizados, pois os dados só são registrados após a conclusão dos relatórios pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Um desses acidentes aconteceu em 20 de dezembro, quando uma aeronave de pequeno porte caiu em Manicoré, no Amazonas, causando duas mortes. Dois dias depois, em 22 de dezembro, outro avião caiu em Gramado, no Rio Grande do Sul, deixando dez mortos.
A maioria dos acidentes envolve aviões de pequeno porte com poucos passageiros. Desde 2014, os estados com maior número de incidentes são São Paulo, com 320 registros, seguido por Mato Grosso, com 192, e Rio Grande do Sul, com 164.
O acidente mais grave de 2024 ocorreu em agosto, quando uma aeronave caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, resultando na morte de 62 pessoas. Esse incidente se tornou o maior desastre aéreo no Brasil desde o voo 3054 da TAM, que vitimou 199 pessoas em 2007.
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