O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo consultado por correligionários para se posicionar sobre a votação do projeto de reforma tributária na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (6) à tarde, e ele mais uma vez se manifestou contrário à proposta.
Nesta manhã, em uma série de postagens em uma rede social, Bolsonaro se posicionou contra a "reforma tributária do PT", alegando que o partido e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão defendendo apenas seus próprios interesses e "atendendo à sua ideologia e dos amigos ditadores".
Bolsonaro afirmou: "Lula se reúne com o Foro de SP (criado em 1990 por Fidel, FARC, ...) e diz ter orgulho de ser comunista. Diz que na Venezuela impera a democracia, é amigo de [Daniel] Ortega [da Nicarágua], que prende padres e expulsa freiras, e seu partido comemorou minha inelegibilidade".
Ele também destacou que o PT e o presidente Lula votaram contra o parcelamento dos precatórios, "quase inviabilizando o aumento do Bolsa Família para R$ 600", e que o partido votou contra a isenção de impostos sobre gasolina, diesel, etanol e gás de cozinha no Senado no ano passado.
Além disso, Bolsonaro criticou a postura do PT, afirmando que eles "não respeitam a propriedade privada, pois estimulam o MST a levar o terror ao campo", e que eles desarmam "o cidadão de bem, mas não os criminosos". Ele também mencionou o apoio do PT à ideologia de gênero, que, segundo ele, desrespeita as famílias, entre outros pontos.
Bolsonaro ainda questionou a "pressa" em votar o texto do projeto, que terá novas modificações ao longo do dia em relação à versão apresentada na noite de quarta-feira (5). Ele afirmou: "Isso só traz mais preocupações para os já sofridos pagadores de impostos", completando que o governo Lula escolheu um "ministério com um perfil completamente diferente do nosso, gastador e sem compromisso com o futuro do seu povo".
O ex-presidente está participando de uma reunião com correligionários na manhã desta quinta-feira (6), com a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo, que já declarou estar "95% de acordo" com a reforma tributária. Bolsonaro deve orientar a bancada de 99 deputados sobre o voto na Câmara.
Ver todos os comentários | 0 |