Leona da Mata
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva isentou o ditador Nicolás Maduro e responsabilizou os Estados Unidos pela crise humanitária que afeta a Venezuela. O chefe do Executivo fez essas declarações nesta segunda-feira, 29, após uma reunião com o político chavista.
Lula criticou os norte-americanos, dizendo: "É inexplicável que um país receba 900 sanções simplesmente porque outro país não gosta dele". Ele argumentou que a falta de dólares para pagar as exportações venezuelanas não é culpa de Maduro, mas sim dos Estados Unidos, que impuseram um bloqueio extremamente severo.
O líder do Partido dos Trabalhadores comparou as sanções impostas ao país vizinho a uma guerra, afirmando que essas medidas são piores do que um conflito armado. Lula enfatizou que não são as políticas de Maduro que levam crianças à fome, mas sim as sanções internacionais. "Eu sempre acreditei que um bloqueio é pior do que uma guerra", observou. "Na guerra, morrem os soldados que estão em combate, mas o bloqueio mata crianças, mulheres e pessoas que não têm nada a ver com a disputa ideológica em jogo".
O presidente também voltou a mencionar a possibilidade da criação de uma moeda única para os países dos Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
"Eu sonho que os Brics possam ter uma moeda, assim como a União Europeia construiu o Euro", declarou o líder petista. "Eu sonho que possamos ter outra moeda e realizar negociações sem depender exclusivamente do dólar."
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