O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo decidiu manter a prisão preventiva do empresário Thiago Brennand, que passou por audiência de custódia na manhã deste domingo (30), no Fórum de Justiça da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista.
O empresário chegou ao local por volta de 9h e seu depoimento durou aproximadamente três horas. O juiz Orlando Gonçalves de Castro Neto analisou a regularidade do cumprimento de mandado de prisão e decidiu manter o empresário preso preventivamente.
Após deixar a audiência de custódia, o acusado deu entrada no Centro de Detenção Provisória (CDP) I de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
Extradição
Dois agentes da Polícia Federal, um delegado e um escrivão da Interpol treinado em jiu-jítsu embarcaram na madrugada de quinta-feira (27) aos Emirados Árabes para escoltar a extradição do Brennand. O empresário desembarcou no Brasil escoltado por policiais federais, na tarde desse sábado (29), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O voo saiu do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. A atuação da PF foi apenas para o processo de extradição de Brennand.
O empresário foi detido em um hotel em Abu Dhabi no dia 17, após ter a extradição autorizada, depois que serviços de inteligência do país do Oriente Médio identificarem um plano em que ele pretendia fugir para a Rússia. Durante a prisão, Brennand resistiu, disse que era inocente e que estava sendo injustiçado.
Relembre o caso
Thiago Brennand começou a ser investigado após agredir uma atriz em uma academia em São Paulo. Ele foi flagrado agredindo a atriz Alliny Helena Gomes, de 37 anos, durante discussão em uma academia na zona oeste de São Paulo. A denúncia veio a público após reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, em 30 de agosto do ano passado. Depois da denúncia de Helena Gomes, outras mulheres se sentiram encorajadas a denunciar o empresário.
Em um pedido liminar negado pela Justiça, a defesa alegou que ele está sendo "caçado como troféu ao combate à violência contra mulher". Depois disso, outras denúncias surgiram e ele virou réu neste e em outros cinco processos por crimes como lesão corporal e estupro.
Além das agressões e estupros, ele deve responder por crimes como cárcere privado e lesão corporal, por ter obrigado uma mulher a tatuar seu nome.
Conforme o Tribunal de Justiça de São Paulo, Thiago Brennand é réu em pelo menos oito processos criminais, e teve decretada sua prisão preventiva em cinco deles. Além das agressões e estupros contra mulheres, o empresário ainda é investigado por agredir o filho e por possuir uma coleção de armas ilegais.
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