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Médico preso no RJ é acusado de ter vídeos de bebês sendo estuprados

“[São] arquivos extremamente violentos: crianças com menos de 1 ano sendo violentadas", disse o delegado.

O anestesista colombiano, Andres Eduardo Oñate Carrillo, preso acusado de estupro de vulnerável, está sendo investigado por exploração sexual infantil e por exercício ilegal da profissão. Na nova fase da investigação, foi apreendido pela Polícia Federal (PF) um acervo de pelo menos 20 mil mídias, e dentre os arquivos estão vídeos de estupros de bebês, material obtido na internet.

“[São] arquivos extremamente violentos: crianças com menos de 1 ano de idade sendo violentadas sexualmente. Esses arquivos chamaram a atenção até de policiais mais experientes aqui na Dcav. Eu mesmo já trabalhei aqui três vezes. Tenho alguma experiência em investigação de crimes dessa natureza e me surpreendi com a agressividade desses vídeos”, esclareceu Luiz Henrique Marques, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav).


Foto: ReproduçãoAnestesista Andres Carrillo sendo preso
Anestesista Andres Carrillo sendo preso

Bebê de 1 ano com câncer pode ter sido vítima do médico

Após a prisão do médico, um pai, não identificado, foi à Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) e registrou um Boletim de Ocorrência, relatando que sua filha de 1 ano e 10 meses possui câncer e estava no hospital para realizar uma ressonância magnética quando foi abusada sexualmente por Carrillo.

No depoimento do pai, é detalhada a ação do anestesista, que estava com seu celular e pediu para que a família saísse do quarto, deixando que ele realizasse o procedimento a sós, apenas com a enfermeira e a criança. No entanto, de acordo com o pai, após eles saírem do quarto, a enfermeira ia e voltava do local, permitindo que Andres Carrillo ficasse sozinho com o bebê diversas vezes.

Foto: Reprodução/redes sociaisAndres Eduardo Oñate Carrilo, m[edico anestesista de 32 anos preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro
Andres Eduardo Oñate Carrilo, m[edico anestesista de 32 anos preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro

Investigação dos arquivos

De acordo com a Polícia Federal (PF), os arquivos começaram a levantar suspeita no mês passado, quando o Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da PF identificou a possibilidade de vasta movimentação de arquivos de exploração sexual de menores por Andres e alertou a Polícia Civil do RJ.

A Dcav confirmou as suspeitas da PF e descobriu que Andres armazenava 20 mil arquivos de teor sexual criminoso, muitos de abusos infantis. No meio do acervo estavam os três vídeos que Andres gravou ao estuprar duas pacientes, motivo inicial de sua prisão preventiva. Conforme a polícia, Andres também teria produzido vídeos pornôs com menores.

A PF tinha informado à Polícia Civil que parte desses arquivos pode ter sido obtida através da tática do grooming, quando o criminoso estabelece uma relação de confiança e cria uma ligação emocional com a criança até que ela aceite enviar o material.

Foto: Reprodução/TwitterDelegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav)
Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav)

De acordo com a polícia, Andres utilizava de um perfil falso de uma criança para se aproximar das vítimas, sugerindo troca de imagens e vídeos de teor sexual. “Encontramos gravações de tela de seu celular com conversas com crianças que enviavam fotos e vídeos. Ele aproveitava para gravar e armazenar o conteúdo para utilização futura”, afirmou o delegado Luiz Henrique Marques.

Esse conteúdo é compartilhado na deep web, ou internet invisível, reduto comum de distribuição e circulação de materiais pornográficos, dificultado a fiscalização.

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