O juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, decretou nesta segunda-feira, 29, a prisão preventiva do cônsul alemão, de 60 anos. O diplomata é acusado de ter espancado e matado seu marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot, 52, em 5 de agosto. Eles eram casados há 23 anos.
A Justiça também determinou a inclusão de Hahn na lista de foragidos da Interpol. De acordo com a decisão, o cônsul viajou à Alemanha dias após ter a prisão relaxada pois obteve habeas corpus na quinta-feira passada, 25. O magistrado encaminhou ofício às Embaixadas alemã e belga.
A Polícia Federal também foi notificada sobre o mandado de prisão e inclusão no banco internacional de procurados. A Polícia Civil do Rio de Janeiro foi responsável pela investigação do suposto assassinato.
O crime
Walter Henri Maximilien Biot morreu em decorrência de um traumatismo craniano na parte posterior do corpo, de acordo com laudo do Instituto Médico Legal (IML). A morte ocorreu no dia 5 de agosto, no apartamento onde Biot e Hahn viviam, em Ipanema.
Conforme a denúncia do Ministério Público, o belga tinha a liberdade econômica e psicológica restringida. Segundo o documento, o diplomata não admitia que o cônjuge estabelecesse relações de amizade com outras pessoas.
“O delito foi cometido por motivo torpe, abjeto sentimento de posse que o denunciado nutria pela vítima”, diz a denúncia. O crime ainda teria sido praticado de forma cruel e com poucas chances de defesa da vítima, que supostamente ingeriu álcool e remédios para ansiedade.
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