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Justiça suspende licença de construção de resort dos irmãos de Dias Toffoli

As estruturas do resort teriam invadido uma Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Paraná.

Foram suspensas pela 1ª Vara Federal de Paranavaí (PR) as licenças prévias e de instalação da construção do Tayayá Aquaparque Hotel & Resort, que tem como sócios dois irmãos do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.

Trata-se do engenheiro José Eugênio Dias Toffoli e do padre José Carlos Dias Toffoli. A decisão, decorrente de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), acolheu a alegação da procuradora Monique Cheker.


De acordo com ela, as estruturas do resort, como chalés, piscinas, bares, playground, teriam invadido uma Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Paraná. Além disso, conforme a procuradora, não ficou caracterizado o uso ecológico do resort.

“A caracterização de um empreendimento turístico como ecológico passa primeiramente por sua função precípua, sua razão de ser, que deve estar intimamente ligada a proporcionar de forma indistinta o acesso e contato com a natureza e usufruto sustentável dos recursos que ela oferece”, descreveu a decisão, na última sexta-feira (2).

Conforme a Revista Oeste, o Centro Nacional de Perícia da Procuradoria-Geral da República concluiu que o relatório do resort não apresenta a “base metodológica e as informações capazes de subsidiar a análise da viabilidade ambiental do empreendimento por parte do órgão licenciador estadual”. Ele chamou a atenção do MPF para o fracionamento do licenciamento ambiental do projeto, pois a parte náutica (marinha), tramitou separada.

Para o MPF, a estratégia dos sócios do empreendimento desejava favorecer a rapidez na obtenção das licenças ambientais para as estruturas do resort.

“Além das irregularidades já apontadas, a construção do resort vai de encontro a diversos documentos técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), contrários à implantação das estruturas do empreendimento em APP no interior da Área de Proteção Ambiental (APA)”, argumentou o órgão. “A autorização do ICMBio é etapa necessária já que o imóvel está inserido integralmente na APA Federal de Ilhas e Várzeas do Rio Paraná”, detalhou.

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