- Foto: DivulgaçãoJúlio César Cardoso
De forma incorrigível, as recaídas do presidente Jair Bolsonaro ao criticar prefeitos e governadores já se tornaram a marca de seu governo. Bolsonaro se esquece de que no Estado Democrático de Direito as questões devem ser resolvidas de comum acordo e não prevalecendo sua maneira ditatorial de agir.
Recentemente, o presidente voltou a minimizar os efeitos da pandemia, mesmo diante de mais de 132 mil mortes pela Covid-19, e chamou os prefeitos e governadores, que apresentaram medidas de isolamento social, de “projetos de ditadores nanicos”, certamente, fazendo alusão a ele, o “ditador gigante”.
Bolsonaro é a aberração ululante que eu e outros, infelizmente, ajudamos a eleger. Assim como erramos ao eleger Collor, Lula e Dilma, reincidimos no erro ao eleger Bolsonaro. Mas são os ossos da democracia, ou seja, as dificuldades de se encontrar verdadeiros estadistas para presidir o Brasil.
Deseducado, Bolsonaro tem contribuído negativamente para o combate do coronavírus. Prepotente, age como se fosse um ditador. Mas vai pagar por seus excessos ditatoriais na próxima eleição, temos certeza. E, de acordo com pesquisa, 56% da população reprova a atuação do chefe do governo.
Manobra com todas as fichas para impedir que seus filhos mimados sejam processados por cometimentos de irregularidades. Agora mesmo, a Globo foi proibida de exibir documentos da “rachadinha” no RJ do senador Flávio Bolsonaro, cujo procedimento judicial é próprio de Estado antidemocrático e cerceia a liberdade de trabalho e divulgação da imprensa brasileira.
Maquiavélico, Bolsonaro apunhalou o ex-juiz Sérgio Moro, que largou a magistratura para servir ao governo. Sem esquecer também a sua traição ao seu colaborador de campanha, Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, exonerado, que morreu de tristeza (infarto) por tudo o que passou no governo.
Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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