Psicólogo Flávio Melo Ribeiro
CRP12/00449
Vou apresentar um direcionamento importante na educação dos filhos, este baseado em teoria e estudos sobre o desenvolvimento humano e depois vou citar uma dica prática de como lidar com disputas entre irmãos.
Convido o leitor a acompanhar o seguinte exemplo: imagine que você deseja estar ao norte de onde você se encontra e, em seguida, começa a caminhar na direção sul. Onde está seu futuro? Está no sul, pois o futuro é o desdobramento das suas ações. Se você continuar caminhando na direção sul, vai ser no sul que vai chegar, mas como vai se sentir, visto que desejava estar ao norte? Provavelmente frustrado. Agora imagine o inverso, você deseja estar ao norte de onde se encontra e começa a caminhar na direção norte. Mesmo antes de você chegar ao seu destino já estará se sentindo realizado, pois percebe que o desdobramento da sua ação está na mesma direção que seu desejo. É um exemplo simples, mas deixa claro um princípio: o sentimento de realização ou frustração está diretamente ligado com o resultado da sua ação em relação ao seu desejo.
É de suma importância a criança aprender, o quanto antes, esse princípio e perceber que seus atos têm consequências na sua satisfação. Leve em conta a idade e o conhecimento acumulado da criança e procure, de forma prática (pode ser através de brincadeiras), mostrar que é importante ela sonhar, mas também incentivá-la a refletir: “o que fazer para alcançar o sonho”. Lembre-se que o futuro que uma criança consegue ver é algo imediato, questão de minutos, um ou dois dias talvez. Quando ela estiver maior, amplie o período de tempo. Esse tipo de reflexão faz com que a criança crie o senso de responsabilidade e a faz entender sobre o desdobramentos das suas ações. Com o tempo, ela incorpora o senso de construção.
Para finalizar, uma dica de como dividir algo entre dois irmãos, para que não haja atrito. Apresente aos dois que eles precisam dividir algo, solicite que um deles divida do jeito que ele achar mais justo, no entanto deixe claro, no início, que será o outro quem escolherá qual parte vai querer. Ele pode errar uma vez, talvez por não acreditar nas consequências. Mas na próxima vez, mesmo não tendo estudado matemática ou geometria, ele dividirá o mais próximo da igualdade. Essa dica serve para dividir comida, roupas, brinquedos, jogos etc.
Os próximos três artigos serão sobre elementos constitutivos da personalidade, a fim de entender melhor as crianças e consequentemente os adultos. Tendo dúvidas escreva que terei prazer em responder.
Psicólogo Flávio Melo Ribeiro
CRP12/00449
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