*Iracema Portella
O Movimento Todos pela Educação divulgou, nesta terça-feira, 7 de fevereiro, um importante estudo feito com base nos resultados do Censo 2010, do IBGE.
Trata-se, na verdade, de uma notícia preocupante. Apesar dos avanços obtidos na área da educação nos últimos anos, o Brasil ainda tem 3,8 milhões de crianças e jovens fora da escola.
De acordo com o estudo, a exclusão escolar é mais grave entre as crianças de quatro a cinco anos, e os adolescentes de 15 a 17.
Estão fora das salas de aula 1.156.846 meninos e meninas entre quatro e cinco anos de idade. É fundamental ter em mente que a primeira infância, período que vai de zero a seis anos de idade, é uma fase crucial do desenvolvimento, uma etapa em que o cérebro cresce quase que integralmente e sua estrutura se diferencia em funções complexas, que permitem a formação da inteligência, da capacidade de aprendizagem, do perfil da personalidade, além do comportamento individual.
Daí a importância de oferecer às crianças, além de um ambiente familiar saudável, seguro e equilibrado, uma escola realmente preparada para estimular as habilidades motoras, cognitivas, intelectuais e emocionais dos alunos.
Isso também é um grave problema e mostra que é preciso olhar com mais atenção para a adolescência, um período cheio de transformações e pleno de potencialidades. Na adolescência, o cérebro passa por outra onda de grandes mudanças, que faz com que os adolescentes sintam necessidade de criar e aprender coisas novas. Esta é uma fase rica para o aprendizado.
É importante ressaltar que a Emenda Constitucional de número 59, de 2009, estabeleceu que o Poder Público tem até 2016 para assegurar educação básica obrigatória a todas as crianças e adolescentes de quatro a 17 anos de idade.
Precisamos apressar o passo para que essa determinação constitucional seja cumprida. O Brasil fez avanços importantes no que diz respeito à inclusão de crianças de 7 a 14 anos no Ensino Fundamental.
Hoje, quase 98% dos meninos e meninas nessa faixa etária frequentam a escola. Mas ainda permanece o desafio de ampliar o acesso à Educação Infantil e ao Ensino Médio, duas etapas fundamentais no processo educacional.
Além disso, não podemos esquecer outro enorme desafio de investir mais e mais na qualidade do ensino público. Nossas escolas precisam estar equipadas e preparadas para formar cidadãos sintonizados com os novos tempos, capazes de enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e complexo.
E o que é mais importante, cidadãos realmente preocupados com a construção de uma sociedade mais justa, mais solidária, responsável do ponto de vista ambiental e social, em que todos tenham possam ter chances concretas para desenvolver suas potencialidades.
O estudo do Movimento Todos pela Educação mostrou ainda as disparidades regionais e estaduais. Se forem observados os indicadores por estado, percebem-se grandes diferenças. Enquanto o Piauí contempla 93,8% da população entre 4 e 17 anos, o Acre atende apenas 85%.
Combater essa desigualdade educacional deve ser uma causa abraçada por toda a Nação. Melhorar a qualidade do ensino é, evidentemente, uma tarefa mais do que urgente. E a universalização do acesso à educação precisa ser encarada como uma prioridade máxima do Brasil, missão de todos nós.
Iracema Portella é deputada federal (PP-PI)
O Movimento Todos pela Educação divulgou, nesta terça-feira, 7 de fevereiro, um importante estudo feito com base nos resultados do Censo 2010, do IBGE.
Trata-se, na verdade, de uma notícia preocupante. Apesar dos avanços obtidos na área da educação nos últimos anos, o Brasil ainda tem 3,8 milhões de crianças e jovens fora da escola.
De acordo com o estudo, a exclusão escolar é mais grave entre as crianças de quatro a cinco anos, e os adolescentes de 15 a 17.
Estão fora das salas de aula 1.156.846 meninos e meninas entre quatro e cinco anos de idade. É fundamental ter em mente que a primeira infância, período que vai de zero a seis anos de idade, é uma fase crucial do desenvolvimento, uma etapa em que o cérebro cresce quase que integralmente e sua estrutura se diferencia em funções complexas, que permitem a formação da inteligência, da capacidade de aprendizagem, do perfil da personalidade, além do comportamento individual.
Daí a importância de oferecer às crianças, além de um ambiente familiar saudável, seguro e equilibrado, uma escola realmente preparada para estimular as habilidades motoras, cognitivas, intelectuais e emocionais dos alunos.
Imagem: Divulgação/GP1Iracema Portella
Entre os jovens de 15 e 17 anos, 1.728.015 não estão na escola. Vale destacar que, entre os adolescentes dessa faixa etária que frequentam os bancos escolares, pouco mais da metade (50,9%) está no nível adequado para sua idade: o ensino médio.Isso também é um grave problema e mostra que é preciso olhar com mais atenção para a adolescência, um período cheio de transformações e pleno de potencialidades. Na adolescência, o cérebro passa por outra onda de grandes mudanças, que faz com que os adolescentes sintam necessidade de criar e aprender coisas novas. Esta é uma fase rica para o aprendizado.
É importante ressaltar que a Emenda Constitucional de número 59, de 2009, estabeleceu que o Poder Público tem até 2016 para assegurar educação básica obrigatória a todas as crianças e adolescentes de quatro a 17 anos de idade.
Precisamos apressar o passo para que essa determinação constitucional seja cumprida. O Brasil fez avanços importantes no que diz respeito à inclusão de crianças de 7 a 14 anos no Ensino Fundamental.
Hoje, quase 98% dos meninos e meninas nessa faixa etária frequentam a escola. Mas ainda permanece o desafio de ampliar o acesso à Educação Infantil e ao Ensino Médio, duas etapas fundamentais no processo educacional.
Além disso, não podemos esquecer outro enorme desafio de investir mais e mais na qualidade do ensino público. Nossas escolas precisam estar equipadas e preparadas para formar cidadãos sintonizados com os novos tempos, capazes de enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e complexo.
E o que é mais importante, cidadãos realmente preocupados com a construção de uma sociedade mais justa, mais solidária, responsável do ponto de vista ambiental e social, em que todos tenham possam ter chances concretas para desenvolver suas potencialidades.
O estudo do Movimento Todos pela Educação mostrou ainda as disparidades regionais e estaduais. Se forem observados os indicadores por estado, percebem-se grandes diferenças. Enquanto o Piauí contempla 93,8% da população entre 4 e 17 anos, o Acre atende apenas 85%.
Combater essa desigualdade educacional deve ser uma causa abraçada por toda a Nação. Melhorar a qualidade do ensino é, evidentemente, uma tarefa mais do que urgente. E a universalização do acesso à educação precisa ser encarada como uma prioridade máxima do Brasil, missão de todos nós.
Iracema Portella é deputada federal (PP-PI)
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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