O PT enfrentou muitas dificuldades nas últimas eleições municipais em Teresina. Em 2004, ficamos em quarto lugar com a companheira Flora Isabel. Na época, o Governador Wellington Dias enfrentava uma crise no governo estadual e isso acabou repercutindo no desempenho de nossa candidata. Já em 2008, o cenário foi outro. O Governo Estadual estava bem avaliado, a base aliada praticamente toda reunida em torno da candidatura de Nazareno Fonteles, e ainda assim fomos derrotados no primeiro turno e elegemos apenas dois vereadores.
Por isso temos que discutir as eleições 2012 com muita maturidade e compromisso. Atualmente o nome do PT que se destaca nas pesquisas de opinião pública é o do companheiro Wellington Dias, recém–eleito senador. Além do apoio popular, a candidatura de Wellington a prefeito conta com considerável apoio dentro do PT, e unifica a base aliada do governo estadual. Sua candidatura teria, ainda, um impacto muito positivo nas candidaturas petistas no restante do estado.
Contudo, Wellington tem resistindo à candidatura. Acha melhor continuar desempenhando seu mandato de senador e preparar os caminhos para a eleição estadual de 2014. Alguns amigos do senador Wellington Dias têm colocado como alternativa para o PT da capital uma solução que consideramos absurda: a candidatura de sua esposa, a deputada estadual Rejane Dias.
Wellington não pode repetir o gesto do ex-senador Mão Santa quando lançou a sua esposa Adalgisa para prefeita de Teresina, em 2004. Como Mão Santa em 2004, Wellington Dias em 2012 estará no seu segundo ano no Senado Federal. Adalgisa, antes do pleito, também estava bem posicionada nas pesquisas face ao candidato tucano Silvio Mendes. Mão Santa visava o governo estadual em 2006, como Wellington Dias em 2014. Só que, no final, Adalgisa perdeu em 2004, Mão Santa perdeu o governo em 2006 e, em 2010, sequer conseguiu se reeleger ao Senado.
A tradição do PT sempre foi de combate à oligarquização da política, à criação de dinastias eleitorais, em que mandatos populares são passados de pai para filho ou de marido para esposa. O PT não é um partido tradicionalista, oligárquico, conservantistas, caciquistas, de manda-chuva. A força do PT é justamente a sua militância e sua inserção na luta cotidiana da população.
A deputada estadual Rejane Dias está no exercício do seu primeiro mandato eletivo. Mandato que, inclusive, foi conquistado com lastro na popularidade e carisma do então governador. Falta a Rejane Dias uma particularidade do PT: a formação dos seus quadros políticos no seio da luta dos movimentos sociais.
Não permitiremos que aconteça em Teresina o que se deu em 2010 no Piauí, quando o Partido ficou refém das decisões de uma única pessoa e acabou participando das eleições como coadjuvante. A indecisão do então Governador Wellington Dias acerca de sua permanência ou não do Governo, e seu empenho tímido e recuado no apoio aos pré-candidatos do PT acabou levando o partido a ficar fora até mesmo da chapa majoritária. Compusemos uma aliança e elegemos um governador que não tem valorizado nem respeitado o PT, e ainda tem descontruído as políticas públicas e a imagem que construímos durante oito anos.
O caminho a ser trilhado pelo PT em Teresina nas eleições 2012 será decidido pelos filiados e filiadas do partido na capital. Será o Diretório Municipal que conduzirá os debates, as reuniões, plenárias e discussões sobre nossas candidaturas. Defendemos que o companheiro Wellington Dias assuma a candidatura a prefeito de Teresina. Se, porém, o companheiro interpretar que é melhor estabelecer como meta o seu retorno ao governo do estado em 2014, rejeitamos uma solução familiar.
Minha posição pessoal, aliás, é que o PT reconstrua as relações com a base aliada que o elegeu em 2002 e 2006, apoiando a reeleição do Prefeito Elmano Ferrer (PTB) e compondo sua chapa com a indicação do candidato a vice. Temos certeza que, nesta aliança, o PT será tratado com respeito que merece e poderá se reorganizar para os desafios que o futuro apresenta.
*Antônio Machado de Araújo é ex-presidente da Executiva Municipal do PT de Teresina
Por isso temos que discutir as eleições 2012 com muita maturidade e compromisso. Atualmente o nome do PT que se destaca nas pesquisas de opinião pública é o do companheiro Wellington Dias, recém–eleito senador. Além do apoio popular, a candidatura de Wellington a prefeito conta com considerável apoio dentro do PT, e unifica a base aliada do governo estadual. Sua candidatura teria, ainda, um impacto muito positivo nas candidaturas petistas no restante do estado.
Contudo, Wellington tem resistindo à candidatura. Acha melhor continuar desempenhando seu mandato de senador e preparar os caminhos para a eleição estadual de 2014. Alguns amigos do senador Wellington Dias têm colocado como alternativa para o PT da capital uma solução que consideramos absurda: a candidatura de sua esposa, a deputada estadual Rejane Dias.
Wellington não pode repetir o gesto do ex-senador Mão Santa quando lançou a sua esposa Adalgisa para prefeita de Teresina, em 2004. Como Mão Santa em 2004, Wellington Dias em 2012 estará no seu segundo ano no Senado Federal. Adalgisa, antes do pleito, também estava bem posicionada nas pesquisas face ao candidato tucano Silvio Mendes. Mão Santa visava o governo estadual em 2006, como Wellington Dias em 2014. Só que, no final, Adalgisa perdeu em 2004, Mão Santa perdeu o governo em 2006 e, em 2010, sequer conseguiu se reeleger ao Senado.
A tradição do PT sempre foi de combate à oligarquização da política, à criação de dinastias eleitorais, em que mandatos populares são passados de pai para filho ou de marido para esposa. O PT não é um partido tradicionalista, oligárquico, conservantistas, caciquistas, de manda-chuva. A força do PT é justamente a sua militância e sua inserção na luta cotidiana da população.
A deputada estadual Rejane Dias está no exercício do seu primeiro mandato eletivo. Mandato que, inclusive, foi conquistado com lastro na popularidade e carisma do então governador. Falta a Rejane Dias uma particularidade do PT: a formação dos seus quadros políticos no seio da luta dos movimentos sociais.
Não permitiremos que aconteça em Teresina o que se deu em 2010 no Piauí, quando o Partido ficou refém das decisões de uma única pessoa e acabou participando das eleições como coadjuvante. A indecisão do então Governador Wellington Dias acerca de sua permanência ou não do Governo, e seu empenho tímido e recuado no apoio aos pré-candidatos do PT acabou levando o partido a ficar fora até mesmo da chapa majoritária. Compusemos uma aliança e elegemos um governador que não tem valorizado nem respeitado o PT, e ainda tem descontruído as políticas públicas e a imagem que construímos durante oito anos.
O caminho a ser trilhado pelo PT em Teresina nas eleições 2012 será decidido pelos filiados e filiadas do partido na capital. Será o Diretório Municipal que conduzirá os debates, as reuniões, plenárias e discussões sobre nossas candidaturas. Defendemos que o companheiro Wellington Dias assuma a candidatura a prefeito de Teresina. Se, porém, o companheiro interpretar que é melhor estabelecer como meta o seu retorno ao governo do estado em 2014, rejeitamos uma solução familiar.
Minha posição pessoal, aliás, é que o PT reconstrua as relações com a base aliada que o elegeu em 2002 e 2006, apoiando a reeleição do Prefeito Elmano Ferrer (PTB) e compondo sua chapa com a indicação do candidato a vice. Temos certeza que, nesta aliança, o PT será tratado com respeito que merece e poderá se reorganizar para os desafios que o futuro apresenta.
*Antônio Machado de Araújo é ex-presidente da Executiva Municipal do PT de Teresina
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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